O Brasil encerrou agosto com 16.880 pontos públicos e semipúblicos de recarga para veículos elétricos, de acordo com levantamento da Tupi Mobilidade em parceria com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). O total representa avanço de 14% em relação a fevereiro, quando havia 14.827 eletropostos instalados.
Crescimento dos carregadores rápidos
Entre fevereiro e agosto, o número de carregadores rápidos – capazes de entregar energia em 20 minutos a uma hora – subiu 59%, chegando a 3.855 unidades. Mesmo assim, eles equivalem a apenas 23% da rede nacional. Os carregadores lentos, que demandam de cinco a 12 horas para completar a bateria, somam 13.025 pontos, ou 77% do total.
Davi Bertoncello, diretor de Comunicação da ABVE e fundador da Tupi Mobilidade, atribui a expansão dos equipamentos de recarga rápida à queda de custos e ao aumento da demanda por viagens de longa distância.
Comparação internacional
Na China, país com cerca de 37 milhões de veículos plug-in em circulação, existiam 16,7 milhões de pontos de recarga até julho, sendo 56% rápidos — uma relação de um carregador para cada 2,2 veículos. No Brasil, a frota plug-in somava 302.225 unidades em agosto, o que resulta em um eletroposto para cada 18 veículos.
Desse total brasileiro, 44,5% (134.592) são carros 100% elétricos (BEV), totalmente dependentes da infraestrutura de recarga, enquanto 55,5% (167.633) são híbridos plug-in (PHEV), que possuem também motor a combustão.
Distribuição desigual pelo país
Os 16,8 mil eletropostos estão espalhados por 1.499 municípios — aumento de 10% frente aos 1.363 registrados em fevereiro. A distribuição, porém, é irregular: o Sudeste concentra 7,9 mil pontos. O Nordeste aparece em seguida, com 3,3 mil, enquanto o Norte conta com apenas 437 unidades.

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Entre as capitais, São Paulo lidera com 2,1 mil eletropostos. O Rio de Janeiro dispõe de 963, Fortaleza tem 294 e Salvador registra 257 pontos de recarga.
Especialistas apontam que o receio de ficar sem energia durante viagens, a chamada “pane seca elétrica”, ainda é um dos principais entraves para a adoção de veículos totalmente eletrificados no país de dimensões continentais.
Com informações de InfoMoney