Estados Unidos e Japão deram início nesta quinta-feira, 11 de setembro de 2025, ao exercício militar Resolute Dragon no Pacífico, empregando sistemas de mísseis com alcance suficiente para atingir alvos em solo chinês.
De acordo com a emissora CNN, as manobras ocorrem em meio à crescente disputa estratégica na região e foram classificadas por Pequim como “ameaça substancial” à segurança nacional da China.
Arsenal empregado
O principal armamento testado será o sistema norte-americano Typhon, também chamado de Capacidade de Alcance Médio. A plataforma pode disparar o míssil SM-6, destinado à defesa antiaérea e contra embarcações, e o Tomahawk, cujo alcance chega a 1.600 quilômetros.
O Typhon será instalado na Base Aérea de Iwakuni, no Japão. Além dele, os militares utilizarão o sistema NMESIS, projetado para alvos navais a curtas distâncias, e o míssil japonês Type 12, recentemente atualizado para alcançar 900 quilômetros.
Objetivos do exercício
Em nota, o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA afirmou que a combinação das três armas cria “uma capacidade em camadas para proteger rotas marítimas críticas, defender áreas estratégicas e projetar poder a partir da costa”. Parte das operações será realizada nas ilhas do sudoeste japonês, próximas a Taiwan, território reivindicado pelo Partido Comunista Chinês.

Imagem: Vincent Thian
Reação de Pequim
Em agosto, o porta-voz da chancelaria chinesa, Guo Jiakun, pediu a suspensão do envio do Typhon ao Japão, alegando que Washington e Tóquio deveriam “respeitar as preocupações de segurança de outros países”.
O exercício Resolute Dragon está previsto para se estender por várias semanas, sem data de encerramento divulgada.
Com informações de Gazeta do Povo