A construção da fábrica de baterias da joint venture entre Hyundai Motor Co. e LG Energy Solution no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, sofrerá um atraso mínimo de dois a três meses após uma operação federal de imigração realizada em 4 de setembro.
Em entrevista concedida na quinta-feira, o diretor-executivo global da Hyundai, José Muñoz, afirmou que a ação das autoridades deixou o canteiro de obras sem pessoal suficiente. “Isso vai nos causar um atraso de no mínimo dois a três meses, porque agora todas essas pessoas querem voltar”, disse o executivo, acrescentando que a maioria dos trabalhadores detidos não reside nos EUA.
Na operação, agentes federais detiveram 475 trabalhadores, dos quais mais de 300 eram sul-coreanos. Imagens dos funcionários algemados nos pulsos, cintura e tornozelos repercutiram na imprensa e geraram tensão diplomática entre Seul e Washington.
De acordo com Lee – identificado pela empresa como responsável pelo acompanhamento do caso –, os trabalhadores envolvidos devem embarcar em voo fretado nesta quinta-feira e chegar a Seul na sexta-feira, 12.
Em nota, a LG Energy Solution declarou estar “comprometida com nossos projetos nos EUA” e informou que seguirá atuando para manter os investimentos e as operações planejadas.

Imagem: Internet
Além da planta na Geórgia, a construção foi suspensa em outros locais administrados pela LG Energy Solution no território norte-americano, enquanto parte dos funcionários sul-coreanos demonstra receio de aceitar novas transferências por temor de ações semelhantes.
A intervenção levantou dúvidas quanto a bilhões de dólares em futuros aportes de empresas sul-coreanas nos Estados Unidos.
Com informações de InfoMoney