O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assinou nesta quinta-feira, 11 de setembro de 2025, o acordo que autoriza a construção de 3,4 mil novas moradias no assentamento judaico de Maaleh Adumim, na Cisjordânia. A medida, segundo ele, dobra a população local e bloqueia a ligação entre a Cisjordânia ocupada e Jerusalém Oriental.
“Vamos cumprir a promessa de que não haverá um Estado palestino”, disse Netanyahu durante visita ao assentamento, de acordo com a agência France-Presse (AFP). “Este lugar nos pertence. Protegeremos nossa herança, nossa terra e nossa segurança. Vamos dobrar a população da cidade”, acrescentou.
O projeto havia sido aprovado em agosto pela Administração Civil israelense, órgão que gerencia questões civis nos territórios ocupados. A ampliação de Maaleh Adumim foi classificada por críticos como um obstáculo à criação de um território palestino contínuo.
No mês passado, ao comentar o aval governamental, o ministro das Finanças e líder de colonos, Bezalel Smotrich, afirmou que a expansão “apaga na prática a ilusão dos dois Estados”. Segundo ele, “cada assentamento, cada bairro, cada moradia é um novo prego no caixão dessa ideia perigosa”.

Imagem: ATEF SAFADI
A organização israelense Peace Now reagiu ao anúncio, afirmando que o plano é “mortal para o futuro de Israel” e para qualquer perspectiva de solução pacífica baseada na convivência de dois Estados.
Com informações de Gazeta do Povo