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Petro defende legalização da cocaína durante inauguração de centro policial em Manaus

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Manaus — O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, voltou a defender a legalização da cocaína nesta terça-feira, 9 de setembro de 2025, durante a inauguração de um centro conjunto de inteligência policial na capital amazonense. A declaração foi feita ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participava do mesmo evento.

Ao discursar, Petro afirmou que “se amanhã a cocaína fosse legalizada no mundo, não haveria máfia”, sustentando que a criminalização da droga fortalece organizações criminosas e não reduz a demanda em países consumidores, como os Estados Unidos. Segundo ele, a política de proibição também contribui para a violência e para o desmatamento na região amazônica.

O líder colombiano argumentou que, no passado, “os gringos morriam menos quando usavam cocaína e maconha do que atualmente, viciados em fentanil”, e defendeu uma revisão das políticas internacionais sobre drogas. Petro já havia levado a mesma posição a tribunas como a da Organização das Nações Unidas (ONU), onde comparou a folha de coca a produtos como uísque.

Cooperação contra o crime organizado

O evento em Manaus marcou a entrega de um centro de inteligência policial voltado ao combate ao crime organizado na Amazônia, fruto de cooperação entre Brasil e Colômbia. O local reunirá informações estratégicas sobre tráfico de drogas, garimpo ilegal e outras atividades criminosas que atravessam a fronteira.

A fala de Petro sobre a legalização da cocaína, contudo, provocou constrangimento entre autoridades brasileiras presentes, já que o tema é considerado sensível no cenário político nacional.

Apesar das divergências em relação à política de drogas, Lula e Petro ressaltaram a importância de ações conjuntas contra o narcotráfico e crimes ambientais na Amazônia, destacando que o novo centro de inteligência deverá intensificar o intercâmbio de dados e operações nas áreas de fronteira.

Não houve comentários adicionais do governo brasileiro sobre a proposta de legalização apresentada pelo presidente colombiano durante a cerimônia.

Com informações de Gazeta do Povo

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