Cerca de 150 manifestantes foram detidos neste sábado (6) em Londres durante um protesto de apoio ao Palestine Action, grupo classificado como organização terrorista pelo governo do Reino Unido.
De acordo com a Scotland Yard, ocorreram confrontos violentos quando alguns participantes resistiram às ordens policiais, lançaram objetos e insultaram agentes. A corporação informou que “continuará a prender quem demonstrar apoio” ao coletivo proscrito e confirmou várias detenções por agressão.
Antes da mobilização, a polícia havia alertado que demonstrar apoio a uma organização banida configura crime segundo a Lei de Terrorismo. A maior parte da violência foi registrada em ruas próximas ao local da concentração, enquanto o ato principal na Praça do Parlamento transcorreu de forma pacífica.
Organizadores estimam que cerca de 1.500 pessoas participaram do protesto contra a proibição imposta em julho ao Palestine Action, conhecido por ações contra empresas de defesa que fornecem armamentos a Israel. Cartazes exibiam frases como “Oponho-me ao genocídio, apoio o Palestine Action” e palavras de ordem foram entoadas contra as forças de segurança.
Entre os presentes havia idosos e pessoas com deficiência que se recusaram a deixar a praça quando solicitados pelos policiais. Um grupo identificado como Familiares de Sobreviventes do Holocausto também marcou presença, acusando Israel de “genocídio”.

Imagem: Agência Efe
Paralelamente, centenas de pessoas se reuniram na Praça Russell, em Londres, em manifestação convocada por entidades como a Campanha de Solidariedade com a Palestina e o movimento Parar a Guerra. Ações semelhantes estavam previstas em Belfast, na Irlanda do Norte, e em Edimburgo, na Escócia.
O Palestine Action foi declarado organização terrorista em julho, após reivindicar danos a aeronaves militares e bloqueios a instalações da empresa israelense Elbit Systems na Inglaterra. Desde então, mais de 138 pessoas já foram processadas por apoiar o grupo, enquanto o Ministério do Interior planeja recorrer de decisão judicial que permite à entidade contestar sua proscrição.
Com informações de Gazeta do Povo