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Geração Z transforma rotina de escritório em vídeos virais no TikTok e garante renda extra

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Gravar o próprio dia de trabalho virou parte da rotina de muitos profissionais da Geração Z. Em meio a reuniões virtuais, intervalos para o café e digitação no teclado, jovens de 20 e poucos anos erguem o celular, produzem vídeos para o TikTok e acumulam milhões de visualizações, prática que também ajuda a reforçar a renda mensal.

Do almoço à viralização

Uma das tendências mais populares consiste em mostrar o que se come durante o expediente. A usuária Meredith Louise publicou o vídeo “O que eu comi em um dia no meu 9-5”, sem qualquer narração, apenas exibindo ovos, um sanduíche e uma maçã. O material ultrapassou 918 mil visualizações. Já o criador identificado como @jakezach0 listou água saborizada, café, “Tigela da Morte”, “Impostos”, iogurte, chiclete, carne moída, abacate e outros itens; o conteúdo alcançou quase 4 milhões de views.

Embora já não pertença à Geração Z, a criadora @Loewhaley começou, em 2020, a postar vídeos sobre seu dia de trabalho remoto. Hoje soma 4 milhões de seguidores e firmou parcerias pagas com marcas como Canva e Microsoft.

Trabalho paralelo em alta

Complementar o salário é um dos motivos que levam esses profissionais a filmar a rotina. Pesquisa Glassdoor-Harris de 2024 aponta que 39% dos trabalhadores mantêm alguma atividade extra; o índice sobe para 57% entre a Geração Z e 48% entre a Geração Y.

Parcerias comerciais podem render valores significativos. Levantamento da Shopify indica que, em média, um vídeo patrocinado no TikTok custa US$ 2.700. Entre macroinfluenciadores — contas com 501 mil a 1 milhão de seguidores — os ganhos variam de US$ 5.000 a US$ 10.000 por publicação. “Se eles conseguem um dinheiro extra enquanto fazem isso, melhor ainda”, afirmou Daniel Zhao, economista-chefe da Glassdoor.

Equilíbrio de carreira

O interesse pela produção de conteúdo também reflete um menor engajamento dos jovens com o modelo corporativo tradicional. Com salários pressionados pela inflação e um mercado de trabalho de colarinho branco estagnado, parte da Geração Z adota o chamado “minimalismo de carreira”, priorizando equilíbrio e segurança em vez de buscar promoções a qualquer custo — comportamento que especialistas chamam de “deschefe consciente”.

Riscos para o empregado

Nem todo ambiente de trabalho aceita câmeras ligadas. O escritório Greenwood Law citou o caso de uma funcionária supostamente demitida após gravar um vídeo “venha trabalhar comigo” em uma loja MAC no aeroporto de Los Angeles, onde exibiu áreas restritas e o manuseio de dinheiro, fato classificado por espectadores como “grave falha de segurança”.

Para a firma de advocacia, contratos, políticas internas e acordos de confidencialidade continuam válidos. Filmar processos internos, clientes ou colegas sem autorização pode violar essas regras. O escritório recomenda que empresas atualizem normas e reforcem orientações sobre o uso de redes sociais.

A popularidade desses vídeos mostra que, para muitos jovens profissionais, a experiência de trabalho vai muito além da mesa do escritório — e pode render tanto engajamento digital quanto dinheiro.

Com informações de InfoMoney

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