Um grupo de empresários brasileiros desembarcou em Washington nesta semana para participar de audiências e reuniões destinadas a buscar saídas para o aumento de tarifas aplicado pelos Estados Unidos a produtos do Brasil.
O movimento ocorre em meio ao acirramento das tensões comerciais entre os dois países, agravadas desde que o governo Donald Trump passou a taxar mercadorias brasileiras e abriu investigação sobre supostas práticas comerciais desleais. As medidas, segundo fontes ouvidas pelo Podcast 15 Minutos, têm origem também em questões políticas internas, como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e o debate sobre a regulamentação das big techs no Brasil.
Quem foi a Washington
Os empresários representam setores diretamente afetados pelo chamado “tarifaço” e pretendem abrir canais de diálogo que, na avaliação deles, não têm sido bem conduzidos pelo governo brasileiro. Na capital norte-americana, o grupo agenda encontros com parlamentares, representantes do Executivo e entidades setoriais.
Pontos em discussão
• Revisão das tarifas impostas a exportações brasileiras;
• Andamento da investigação conduzida pelos EUA sobre práticas comerciais do Brasil;
• Impacto da agenda política interna — especialmente o julgamento de Bolsonaro e a possível votação de regras para plataformas digitais — na relação bilateral.
Panorama comparativo
Interlocutores dos empresários observam que outros países sob medidas semelhantes conseguiram avanços após negociações diretas com a Casa Branca. Para o setor privado, a retomada de um diálogo institucional firme é essencial para evitar prejuízos maiores às exportações brasileiras.

Imagem: Gazeta do Povo
Próximos passos
Especialistas consultados pelo podcast afirmam que uma solução definitiva passa por ações do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, consideradas fundamentais para sinalizar estabilidade política e destravar as conversas com Washington.
A comitiva deve concluir a agenda nos Estados Unidos até o fim da semana e, na volta ao Brasil, apresentará um relatório com recomendações ao Ministério das Relações Exteriores e às lideranças do Legislativo.
Com informações de Gazeta do Povo