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Brasil Terrenos levanta R$ 700 milhões em CRI para financiar expansão até 2027

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A Brasil Terrenos, loteadora fundada em 2003 por Moisés Carvalho Pereira e Sidney Penna, captou R$ 700 milhões por meio de um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) destinado ao varejo. Segundo a companhia, a operação — considerada a maior já realizada por uma empresa do segmento — alonga o perfil da dívida e garante recursos para o plano de crescimento até o fim de 2027.

“Estamos antecipando capital para enfrentar eventuais restrições de crédito, sobretudo no ciclo eleitoral de 2026”, afirmou o vice-presidente de finanças, Alexandre Pedreira Pereira, que também é filho de um dos fundadores.

Resultados e estrutura financeira

Em 2024, a Brasil Terrenos registrou o segundo maior lucro do setor imobiliário no país, somando R$ 1,246 bilhão. A margem bruta atingiu quase 79%, enquanto a margem líquida ficou em 64%. A alavancagem, de 0,1 vez sobre o patrimônio líquido de R$ 4 bilhões, contribuiu para o rating AA+ atribuído pela S&P tanto à companhia quanto à emissão.

Com caixa suficiente para quitar o endividamento de curto prazo, a empresa planeja usar a nova captação como teste para uma futura oferta pública de ações, ainda sem data definida.

Expansão geográfica e metas

Hoje presente em 79 cidades de 17 estados, a Brasil Terrenos mantém um landbank avaliado em R$ 23 bilhões. A estratégia de expansão combina novos empreendimentos em municípios onde já atua e a entrada em praças inéditas.

Para o triênio 2025-2027, a meta é lançar cerca de 15 mil lotes por ano, com Valor Geral de Vendas (VGV) anual de R$ 2 bilhões. A empresa ressalta que já chegou a produzir 33 mil unidades em um único ano, o que, segundo Pereira, reduz o risco de execução.

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Imagem: Internet

Modelo de negócios

A Brasil Terrenos aposta na verticalização de todas as etapas — da prospecção de áreas à gestão da carteira de clientes — e dispõe de mais de 730 máquinas próprias para obras. O executivo destaca ainda a pulverização de riscos regionais, uma vez que nenhum mercado isolado representa parcela relevante do negócio.

Desde a mudança da sede para Goiânia, em 2014, a companhia segue em processo de profissionalização. Hoje é uma sociedade anônima de capital fechado, com auditoria trimestral e estrutura pronta para acessar o mercado de capitais “quando as condições forem favoráveis”, nas palavras do vice-presidente.

Com informações de InfoMoney

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