Brasília – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou, nesta quinta-feira (4), que não consegue registrar votos nas sessões da Câmara dos Deputados.
Ausente do Brasil desde fevereiro de 2025, o parlamentar tirou licença entre março e julho. O afastamento terminou em 20 de julho, e, desde então, a Casa realizou seis sessões semipresenciais, com possibilidade de participação remota pelo aplicativo oficial. Em nenhuma dessas reuniões o nome de Eduardo apareceu na lista de presença.
Após o fim da licença, o deputado solicitou autorização para exercer o mandato a distância. Ele alega perseguição política e cita como precedente o sistema de votações virtuais adotado durante a pandemia de Covid-19.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não pretende mexer no Regimento Interno para permitir o exercício remoto do mandato. “Não há previsão regimental para isso. Seria uma excepcionalidade que, neste momento, não se justifica”, declarou ao portal Metrópoles no início de agosto.
Procurada, a assessoria de imprensa da Câmara não respondeu se existe impedimento formal para que Eduardo Bolsonaro vote pelo aplicativo nem explicou os motivos da eventual restrição.

Imagem: Renato Araújo
Sessões e ausências
Desde janeiro de 2025, o deputado marcou presença em 13 sessões e acumulou 17 ausências não justificadas — mais da metade das reuniões ordinárias do ano. Pela Constituição, quem faltar a um terço das sessões pode ter o mandato cassado.
Apesar das faltas, Eduardo participou por videoconferência, em 27 de agosto, de audiência pública em subcomissão que apura supostas violações de direitos de condenados pelos atos de 8 de janeiro.
Com informações de Gazeta do Povo