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Barroso diz que julgamento de Bolsonaro deve relegar extremismo e ocorrer sem interferências

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, declarou nesta segunda-feira (1.º) que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete acusados de participação em uma suposta tentativa de golpe “vai empurrar o extremismo para a margem da história”.

Barroso afirmou que o processo precisa ser conduzido “sem interferências, venha de onde vier”, em referência a eventuais pressões externas, inclusive dos Estados Unidos. O início do julgamento está marcado para terça-feira (2) e prevê oito sessões até 12 de setembro.

O que será julgado

Bolsonaro e os demais réus são acusados pela Procuradoria-Geral da República de tentar reverter o resultado das eleições de 2022. Além do ex-presidente, respondem no processo:

  • Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres (União-DF), ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
  • Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente em 2022;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Posicionamento do presidente do STF

Embora ocupe a presidência do tribunal, Barroso não integrará a turma julgadora. Ele ressaltou que o Judiciário “atua de acordo com a Constituição e a legislação brasileiras” e classificou a missão como “difícil, mas necessária para servir ao Brasil”.

O ministro lembrou ainda a pressão enfrentada no julgamento dos atos de 8 de janeiro de 2023. “Nenhum país julga isso sem algum tipo de tensão. Mas a tensão foi absorvida institucionalmente e a vida democrática seguiu com naturalidade”, avaliou.

Barroso concluiu que as regras democráticas devem ser respeitadas por todos os participantes do processo eleitoral e que o tribunal julgará o caso “com absoluta serenidade”.

Com informações de Gazeta do Povo

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