A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou, na noite desta segunda-feira (1º), pedido de prisão preventiva para 21 pessoas apontadas como integrantes de um esquema que teria causado prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões a aposentados e pensionistas entre 2019 e 2025.
A solicitação, apresentada pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), será enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro André Mendonça ficará responsável pela análise, enquanto a Advocacia do Senado formalizará o requerimento.
Principais investigados
Entre os alvos do pedido estão:
- Alessandro Stefanutto – ex-presidente do INSS, nomeado em julho de 2023;
- Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS” – apontado como operador central do esquema e responsável por movimentar cerca de R$ 53 milhões;
- Márcio Alaor de Araújo, o “Papa Consignado” – acusado de intermediar empréstimos consignados irregulares.
Os demais nomes listados são André Paulo Félix Fidélis, Erick Douglas Martins Fidélis, Cecília Rodrigues Motta, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, Taisa Hoffmann Jonasson, Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira, Alexandre Guimarães, Rubens Oliveira Costa, Romeu Carvalho Antunes, Domingos Sávio de Castro, Milton Salvador de Almeida Júnior, Adelinon Rodrigues Júnior, Giovani Batista Speaker, Reinaldo Carlos Barroso de Almeida, Vanderlei Barbosa dos Santos, Jucimar Fonseca da Silva, Phillip Roter Coutinho e Maurício Camisotti.
Argumentos para a prisão
De acordo com o relator, a medida busca preservar a ordem pública, garantir a instrução processual e assegurar a aplicação da lei penal. Até o momento, nenhum dos investigados estava preso cautelarmente.

Imagem: Waldir Barreto
Os nomes foram citados em depoimento do advogado Eli Cohen, responsável por apresentar denúncias sobre o esquema, e constam em inquérito da Polícia Federal. Segundo Cohen, o grupo realizava descontos indevidos e operava empréstimos consignados fraudulentos por meio de associações, sindicatos e instituições financeiras.
Próximos passos
Caso o STF acolha o pedido, os investigados poderão ser detidos para evitar novos prejuízos e interferência nas apurações. A CPMI continuará colhendo documentos e depoimentos para rastrear o destino do dinheiro desviado.
Com informações de Gazeta do Povo