Brasília, 1º de setembro de 2025. O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, declarou nesta segunda-feira (1º) que 4,2 mil soldados dos Estados Unidos estariam preparados para ingressar em território venezuelano.
A afirmação foi feita durante reunião virtual de emergência da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), convocada pela Colômbia, país que ocupa a presidência temporária do bloco.
Gil afirmou que Washington concentrou “oito navios militares” nas proximidades da costa venezuelana, embarcações que, segundo ele, transportariam “mais de 1,2 mil mísseis”.
A Casa Branca informou que a operação naval, que inclui navios de guerra e um submarino de ataque rápido movido a energia nuclear posicionados no sul do Mar do Caribe, tem como finalidade impedir o tráfico de drogas rumo aos Estados Unidos.
O chanceler venezuelano rebateu o argumento, classificando-o como “desculpa” e descrevendo como “história totalmente falsa” a existência do suposto “Cartel de los Soles”, citado por autoridades norte-americanas.
“Qualquer conflito armado contra a Venezuela, usando um falso pretexto como o tráfico de drogas, significaria uma desestabilização completa de toda a região”, declarou.

Imagem: ALEXANDER ZLIANICHENKO
Em agosto, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o governo dos Estados Unidos está disposto a empregar “todo o poder americano” para levar à Justiça os responsáveis pelo envio de entorpecentes ao país, mensagem dirigida diretamente ao presidente venezuelano Nicolás Maduro.
No último dia 7, Washington dobrou a recompensa oferecida por informações que levem à captura e condenação de Maduro, elevando o valor para US$ 50 milhões. Na ocasião, a procuradora-geral do governo Trump, Pam Bondi, acusou o líder venezuelano de manter vínculos com as organizações criminosas Tren de Aragua, Cartel de los Soles e o mexicano Cartel de Sinaloa, classificando-o como “um dos maiores traficantes de drogas do mundo”.
Com informações de Gazeta do Povo