Kyiv (Ucrânia) – Autoridades ucranianas afirmaram nesta segunda-feira (1.º) que a Rússia está envolvida no assassinato do ex-presidente do Parlamento Andriy Parubiy, baleado no sábado (30) no centro da capital.
Segundo a Polícia Nacional, um atirador disfarçado de entregador disparou oito vezes contra Parubiy, de 53 anos, em plena luz do dia. O agressor fugiu, mas foi localizado e preso 36 horas depois na cidade de Lviv. O suspeito tem 52 anos.
“Sabemos que este crime não é acidental. Há um rastro russo nele”, declarou o chefe da corporação, Ivan Vyhivskyi, em comunicado. Pouco após o ataque, o presidente Volodymyr Zelensky afirmou que o homicida “agiu de forma planejada, bem preparada e organizada”.
Figura proeminente da política ucraniana, Parubiy liderou manifestações na Revolução Laranja (2004), comandou unidades de autodefesa durante os protestos da Euromaidan (2013-2014) e presidiu o Parlamento entre 2016 e 2019. Também foi secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional.
O homicídio ocorre em meio a uma série de ataques contra personalidades contrárias ao Kremlin. Antes de Parubiy, a ex-deputada Iryna Farion foi morta em Lviv, e o ativista Demian Hanul, em Odesa.
Imagem: Polícia Nacial da Ucrânia
A investigação continua sob sigilo, e as autoridades não detalharam quais provas sustentam a suposta participação russa.
Com informações de Gazeta do Povo
