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Xi Jinping defende “mundo multipolar” e busca alinhar Rússia e Índia em cúpula da SCO

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A Organização de Cooperação de Xangai (SCO) iniciou sua cúpula anual neste domingo, 31 de agosto de 2025, em Tianjin, na China. O evento reúne cerca de 20 chefes de Estado e de governo e, nesta segunda-feira (1º), serviu de palco para o líder chinês, Xi Jinping, defender a formação de um “mundo multipolar” e convocar Rússia e Índia a se distanciarem da ordem internacional liderada pelos Estados Unidos.

“Devemos buscar integração, não separação, e nos opor sem ambiguidades à política de poder”, declarou Xi, segundo o Washington Post. O ditador chinês pediu aos presentes que rejeitassem a “mentalidade da Guerra Fria”, a formação de blocos rivais e “práticas de intimidação”.

Amplo leque de participantes

Fundada por China e Rússia em 2001, a SCO conta atualmente com dez membros plenos – entre eles Índia, Irã, Paquistão e Belarus – além de 16 países observadores ou parceiros de diálogo. Entre os convidados em Tianjin estão o presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. A presença de ambos ocorre em meio a tensões comerciais provocadas pelas tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Pressão tarifária aproxima Nova Délhi de Pequim e Moscou

No mês passado, Trump elevou para 50% as tarifas sobre produtos indianos após o governo Modi manter a importação de petróleo russo a preços reduzidos, medida vista por Washington como forma indireta de financiar a guerra na Ucrânia. Analistas ouvidos pelo Politico avaliam que a participação de Modi na cúpula pode sinalizar um possível realinhamento estratégico diante da pressão econômica norte-americana.

Banco de desenvolvimento e investimentos

Durante o encontro, Xi propôs criar um banco de desenvolvimento da SCO e ofereceu US$ 1,4 bilhão em empréstimos ao longo de três anos. Segundo a imprensa estatal chinesa, Pequim já desembolsou aproximadamente US$ 84 bilhões nos países-membros do bloco.

Moscou vê espaço contra sanções

Antes de viajar à China, Putin afirmou que Moscou e Pequim mantêm “posição comum” contra sanções que, na visão do Kremlin, prejudicam o desenvolvimento socioeconômico dos integrantes do BRICS e de outras nações. A participação do russo na conferência é interpretada pelo governo russo como demonstração de que o país não está isolado, apesar das punições ocidentais pelo conflito na Ucrânia.

Agenda militar em Pequim

Após o término da cúpula, muitos líderes devem permanecer na China para assistir, na quarta-feira (3), ao desfile militar que celebra os 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial no Pacífico. Além de Xi e Putin, são esperados o ditador norte-coreano Kim Jong-un, o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, e o presidente da Sérvia, Aleksandar Vučić, entre outros governantes.

Último parágrafo com as informações.

Com informações de Gazeta do Povo

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