Washington, 30 de agosto de 2025 – A Marinha dos Estados Unidos ampliou neste sábado (30) seu efetivo no Caribe ao transferir o cruzador de mísseis USS Lake Erie pelo Canal do Panamá. A movimentação foi acompanhada por jornalistas internacionais após a embarcação deixar o porto de Rodman, no lado Pacífico.
O deslocamento integra a estratégia do governo do presidente Donald Trump de intensificar a pressão sobre o líder venezuelano Nicolás Maduro, acusado por autoridades norte-americanas de chefiar o Cartel de Los Soles e de colaborar com outras redes de narcotráfico na região.
Com sistemas de defesa avançados, o Lake Erie passa a compor uma força que já reúne entre sete e oito navios de guerra no Caribe – entre eles destróieres com mísseis, um navio anfíbio e um submarino nuclear – além de aproximadamente 4.500 militares. Segundo o Comando Sul dos EUA, trata-se de uma das maiores concentrações navais norte-americanas na área desde a década de 1990.
Washington justifica a operação como parte do combate aos cartéis de drogas. Na semana anterior, o Departamento de Justiça dobrou de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões a recompensa pela captura de Maduro, denunciado por narcoterrorismo pela Justiça dos EUA em 2020.
Em Caracas, o governo venezuelano qualificou a ação como ameaça direta à soberania nacional e anunciou a mobilização de milícias civis e das Forças Armadas, que, segundo Maduro, somam mais de 4 milhões de integrantes. Especialistas independentes, contudo, avaliam que apenas uma parcela desse contingente está operacional. O reforço militar também foi estendido a áreas consideradas estratégicas, incluindo a fronteira com a Colômbia.

Imagem: Gazeta do Povo
Até o momento, não há previsão oficial de término da operação norte-americana na região.
Com informações de Gazeta do Povo