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Relatório do Bradesco revela setores com maior potencial de adoção de IA generativa no Brasil

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Profissões que dependem de conhecimento técnico e comunicação lideram o potencial de implementação da inteligência artificial generativa (genIA) no país. A conclusão consta de um relatório do Departamento de Pesquisas Econômicas do Bradesco, que cruzou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e da Classificação Brasileira de Ocupações, ambas do IBGE.

Para medir a compatibilidade entre tarefas profissionais e tecnologia, os economistas construíram um índice de aplicabilidade. A metodologia baseia-se em estudo da Microsoft que analisou interações anônimas de usuários com sistemas de IA generativa — pesquisa ainda em processo de revisão acadêmica.

Atividades com maior aderência

O levantamento aponta as dez atividades em que a genIA pode ser mais utilizada:

1. Atividades auxiliares de seguros, previdência complementar e planos de saúde – 39%
2. Serviços de teleatendimento – 38%
3. Atividades imobiliárias – 36%
4. Agências de viagens, operadores turísticos e serviços de reservas – 32%
5. Representantes comerciais e agentes do comércio, exceto veículos – 32%
6. Comércio de vestuário, calçados e artigos de viagem – 30%
7. Comércio de artigos de escritório, papelaria, livros e publicações – 30%
8. Atividades auxiliares de serviços financeiros – 30%
9. Educação superior – 29%
10. Consultoria em gestão empresarial – 29%

Segundo o Bradesco, setores com maior pontuação tendem a oferecer salários mais altos. Em média, a remuneração cresce cerca de R$ 120 a cada ponto percentual adicional do índice. Entre as dez atividades com melhor colocação, sete pagam acima da média nacional de R$ 3.369.

Onde a tecnologia tem menos alcance

Serviços que exigem esforço físico ou presença constante no local de trabalho exibem menor compatibilidade, como mostra a lista a seguir:

Serviços domésticos – 4%
Cultivo de café – 6%
Cultivo de cacau – 6%
Cultivo de fumo – 6%
Cultivo de mandioca – 6%
Cultivo de banana – 6%
Criação de bovinos – 6%
Cultivo de milho – 6%
Outras lavouras permanentes não especificadas – 7%
Cultivo de cana-de-açúcar – 7%

O documento destaca que o índice não mede risco de demissão, mas a frequência com que a IA pode auxiliar nas tarefas. Os autores lembram que a tecnologia tende a complementar o trabalho humano, elevando a produtividade, e que a requalificação profissional será decisiva para capturar esses ganhos.

No total das atividades analisadas, o índice variou de 4% a 39%. Serviços domésticos empregam mais de 5 milhões de pessoas no Brasil, enquanto a agropecuária reúne 7,7 milhões, o que evidencia o desafio de levar a genIA a segmentos intensivos em mão de obra manual.

Com informações de InfoMoney

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