O Google reduziu em 35% o número de gerentes responsáveis por equipes de até três pessoas nos últimos 12 meses, confirmou Brian Welle, vice-presidente de Análise de Pessoas e Performance, em reunião interna cujo áudio foi obtido pela CNBC na quarta-feira (27).
“Hoje temos 35% menos gerentes com poucos subordinados diretos do que há um ano”, declarou Welle, classificando o avanço como “rápido”. A medida faz parte do plano de enxugar a hierarquia e aumentar a eficiência operacional da companhia.
Alvos da redução
Segundo fonte ouvida pela emissora norte-americana, o corte recaiu sobre lideranças que supervisionavam menos de três funcionários, posição considerada “excessivamente granular” para o novo modelo organizacional.
Preocupação interna
Durante a reunião, funcionários questionaram executivos sobre estabilidade no emprego, barreiras internas e efeitos da mudança de cultura após sucessivas demissões, programas de desligamento voluntário e reestruturações.
Welle afirmou que a meta é diminuir gradualmente a participação de gerentes, diretores e vice-presidentes no total da força de trabalho. O CEO Sundar Pichai reforçou a orientação: “Precisamos ser mais eficientes à medida que crescemos, sem recorrer apenas ao aumento de pessoal”.
Demissões e orçamento
Desde 2023, o Google dispensou cerca de 6% da equipe global. A controladora Alphabet também sinaliza maior rigor nos gastos. A diretora financeira Anat Ashkenazi, que assumiu o cargo em 2024, disse em outubro que pretende avançar nas economias.

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Programas de saída voluntária
Paralelamente, a empresa oferece programas de desligamento voluntário (VEP). Dez áreas de produto — entre elas busca, marketing, hardware e recursos humanos — já adotaram o formato, e entre 3% e 5% dos colaboradores desses setores aderiram, informou Fiona Cicconi, diretora global de Pessoas.
Cicconi classificou o VEP como “bem-sucedido” e defendeu sua continuidade. Pichai acrescentou que a proposta nasceu de sugestões dos próprios empregados e “dá mais autonomia” aos participantes.
Com informações de InfoMoney