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iFood mantém estratégia, ignora isenção de taxas dos rivais e planeja investir R$ 17 bilhões

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O iFood não pretende mudar sua política de cobrança a restaurantes nem adotar “reações malucas” diante do avanço de novos competidores no delivery, assegurou o CEO Diego Barreto na abertura do evento anual da companhia, realizada na última terça-feira (5).

Cresce a pressão competitiva

Duas empresas de controle chinês intensificaram a disputa pelo mercado brasileiro: a 99, que retomou o serviço de entregas sem cobrar comissão dos restaurantes, e a Meituan, avaliada em mais de US$ 600 bilhões na Bolsa de Hong Kong, que anunciou em maio um aporte de R$ 5,6 bilhões para lançar sua operação local com a mesma estratégia de isenção. A colombiana Rappi seguiu o movimento e também zerou as taxas.

Barreto afirmou que esses movimentos não alteram o plano de ação do iFood. “Quando você tem ativos para competir, você não está reagindo, está continuando um processo de evolução”, disse o executivo ao InfoMoney.

Projeções de crescimento

Mesmo prevendo alguma redução inicial de participação de mercado, a empresa estima subir de 55 milhões de clientes em 2025 para 80 milhões em 2028. No mesmo intervalo, o volume de pedidos mensais deve passar de 120 milhões para 200 milhões.

Plano de investimento

Para sustentar esse avanço, o iFood projeta investir R$ 17 bilhões entre fevereiro de 2025 e março de 2026. Os recursos serão direcionados a aumento de tráfego, estímulo à recorrência de compras e expansão de novas frentes de negócio. O ciclo será financiado por geração de caixa, alavancagem ou aportes do principal acionista, a Prosus.

Ativos e aquisições

No portfólio controlado pela Prosus estão empresas como Decolar e Sympla. Já a compra da CRMBonus acrescentou 100 milhões de consumidores à base do iFood. Desde 2011, a companhia realizou 40 aquisições; o valor reservado para futuras compras não faz parte dos R$ 17 bilhões anunciados.

Serviços financeiros e benefícios

Dentro do aplicativo, o braço financeiro vem ganhando força. Apenas em julho, o iFood Pago liberou R$ 160 milhões em crédito para restaurantes, contribuindo para um total de R$ 2 bilhões concedidos desde a estreia do serviço.

No segmento de vale-refeição e vale-alimentação, o iFood Benefícios deve atingir 1 milhão de usuários no próximo mês. Barreto comentou que a líder do setor possui cerca de 6 milhões de clientes, enquanto a quarta colocada detém 2,5 milhões.

Reportagem do Valor Econômico publicou que o iFood estaria em negociações avançadas para comprar a Alelo, mas o executivo não confirmou. Segundo ele, qualquer movimentação nessa área buscaria apenas “sinergia de volume”.

As gigantes Alelo, Ticket, Pluxee (ex-Sodexo) e VR Benefícios respondem hoje por 80% do mercado de benefícios corporativos.

Com informações de InfoMoney

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