A tarifa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump a mercadorias brasileiras entrou em vigor nesta quarta-feira, 6 de agosto de 2025. O governo brasileiro negocia com Washington a ampliação da lista de quase 700 exceções e finaliza um plano de contingência para apoiar segmentos que sofrerão impacto direto.
A expectativa no Palácio do Planalto é anunciar ainda hoje medidas de socorro após a confirmação dos itens efetivamente sobretaxados. Entre as ações estudadas estão linhas de crédito com juros subsidiados, alongamento de prazos de pagamento e iniciativas de preservação de empregos.
Segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, produtos como café e carne podem ser incluídos na relação de isentos caso autoridades norte-americanas avaliem risco de pressão inflacionária interna. “Pode não acontecer dia 6, mas vai acontecer”, afirmou.
Negociadores dos dois países mantêm conversas e existe a possibilidade de uma ligação do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para seu homólogo J. D. Vance ainda hoje. Alckmin, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), informou que de janeiro a junho o Brasil exportou US$ 20 bilhões aos Estados Unidos, alta de 4,4% em relação ao mesmo período de 2024.
Setores mais expostos
Estudo citado pelo vice-presidente indica que 35,9% das vendas externas brasileiras serão diretamente atingidas. Itens como ferro e aço, café, carnes, máquinas e equipamentos, plásticos e algumas frutas integram a lista de produtos sujeitos ao novo imposto.

Imagem: Ricardo Botelho via gazetadopovo.com.br
De acordo com Simone Tebet, parte das medidas de apoio pode ser adotada de forma autônoma por bancos públicos, como BNDES e Banco do Brasil. Propostas que envolvam recursos orçamentários adicionais deverão ser encaminhadas ao Congresso Nacional.
Com informações de Gazeta do Povo