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Schneider Electric aposta no Brasil como hub global de data centers, afirma CEO

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O Brasil reúne condições para se transformar em um centro mundial de data centers sustentáveis, de acordo com Roberto Rossi, presidente da Schneider Electric no país. Em entrevista concedida em 2024, o executivo destacou a combinação de matriz elétrica 85% limpa, custos competitivos de infraestrutura e disponibilidade de terrenos como fatores que colocam o mercado brasileiro em vantagem.

Energia limpa como diferencial

Segundo Rossi, a qualidade da energia brasileira está “dentro dos melhores padrões globais”, o que favorece a instalação de grandes complexos de processamento de dados. “Não é tão simples exportar a energia limpa do Brasil, mas é possível exportar dados”, afirmou.

Experiência internacional

Argentino, o executivo assumiu a liderança da operação brasileira neste ano, após 25 anos no setor elétrico, com passagens pela Indonésia e por outros países da América do Sul. Ao comparar as realidades, ele destacou que a Indonésia ainda é dependente do carvão, enquanto o Brasil já discute resiliência da rede elétrica diante de eventos climáticos cada vez mais frequentes.

“O foco aqui é recuperar a energia das cidades rapidamente e elevar a eficiência”, explicou. Para ele, embora o país apresente alto grau de digitalização, ainda há espaço para melhorar a gestão de dados, aplicando ferramentas de inteligência artificial e aprendizado de máquina.

Mercados prioritários

Além de data centers, a Schneider Electric identifica oportunidades em indústria, infraestrutura e construção civil. “O Brasil tem todas as condições para ser uma referência mundial em data centers, principalmente com a crescente demanda por processamento de dados e inteligência artificial”, disse Rossi.

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Imagem: infomoney.com.br

Olho na COP 30

Rossi afirmou ainda que a realização da COP 30, em novembro, coloca o país sob os holofotes e pode impulsionar ações concretas contra as mudanças climáticas. “Não há mais problema tecnológico nem de financiamento. Falta acordo para começar a atuar”, avaliou. O executivo espera que a conferência em Belém marque o início de medidas aceleradas, com impactos visíveis até 2035.

Com 78 anos de presença no Brasil, a Schneider Electric emprega mais de 2 mil colaboradores e mantém unidades industriais em Blumenau (SC) e Manaus (AM). O objetivo de Rossi é ampliar o crescimento local e reforçar o papel estratégico do país na transição energética global.

Com informações de InfoMoney

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