Senadores Magno Malta (PL-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE), acompanhados do deputado Hélio Lopes (PL-RJ), acorrentaram-se à mesa do plenário do Senado na tarde desta quarta-feira (6 de agosto de 2025). O grupo afirma que permanecerá no local até que o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), coloque em pauta o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Malta, a ação é “um recado” para Alcolumbre de que a oposição não deixará o plenário enquanto suas exigências não forem atendidas. Além do processo contra Moraes, os parlamentares exigem que a Câmara dos Deputados vote o projeto que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Ocupação do Congresso
A mobilização ganhou força após a decisão de Alexandre de Moraes que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) na segunda-feira (4). Desde então, aliados de Bolsonaro ocupam as mesas diretoras da Câmara e do Senado, impedindo o andamento das sessões ordinárias.
Na Câmara, deputados como Gustavo Gayer (PL-GO), Carlos Jordy (PL-RJ), Rodolfo Nogueira (PL-MS), Alberto Fraga (PL-DF) e o líder da oposição, Luciano Zucco (PL-RS), foram vistos realizando atividades cotidianas sobre a Mesa Diretora, inclusive tomando café da manhã, num gesto de obstrução.
Consequências para a pauta legislativa
Apesar do impasse no plenário, comissões permanentes — incluindo Constituição e Justiça (CCJ), Direitos Humanos (CDH), Meio Ambiente (CMA), Ciência e Tecnologia e Esportes (CEsp) — seguem deliberando e realizando audiências públicas.
O bloqueio, no entanto, ameaça prazos importantes. Caso o projeto que isenta do Imposto de Renda quem recebe até dois salários mínimos (R$ 3.036) não seja votado até 11 de agosto, a proposta perderá validade.

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Posicionamento de Alcolumbre
Davi Alcolumbre vem evitando confrontos diretos com os manifestantes. O presidente do Senado mantém diálogo com senadores e chefes de comissão na tentativa de garantir a continuidade dos trabalhos e preservar a imagem institucional da Casa.
A oposição, por sua vez, afirma que a paralisação continuará até que o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes seja analisado e a anistia aos condenados do 8 de janeiro avance na Câmara.
Com informações de Gazeta do Povo