A Oscar Health, operadora de planos de saúde focada no mercado individual dos Estados Unidos, comunicou nesta quarta-feira (6) um prejuízo de US$ 228,4 milhões no segundo trimestre de 2025, equivalente a US$ 0,89 por ação. No mesmo período de 2024, a companhia havia reportado lucro de US$ 56,2 milhões (US$ 0,20 por ação), o que representa uma reversão de aproximadamente US$ 285 milhões.
Mesmo com o resultado negativo, a empresa projeta voltar ao azul em 2026. “Acreditamos que o mercado individual tem potencial de longo prazo e será o futuro da assistência médica”, afirmou o presidente-executivo Mark Bertolini no comunicado de resultados. Ele acrescentou que o setor deve se estabilizar em 2025.
Membros e receitas em alta
Com mais de 2 milhões de beneficiários — alta de 28% frente ao segundo trimestre do ano anterior —, a Oscar Health registrou crescimento de 29% na receita total, que alcançou quase US$ 2,9 bilhões entre abril e junho.
Custos pressionam margem
A companhia, que oferece planos subsidiados pela Lei de Cuidados Acessíveis (Affordable Care Act), atribui o aumento das despesas a uma entrada maior de pacientes mais doentes do que o esperado, muitos deles vindos do Medicaid. Ao mesmo tempo, usuários mais saudáveis estariam deixando o mercado individual.
Esse cenário fez o índice de sinistralidade médica (medical loss ratio) saltar para 91,1%, ante 79% no segundo trimestre de 2024. Percentuais entre a metade e o início da faixa dos 80% são, em geral, considerados saudáveis para o setor.

Imagem: forbes.com
Pandemia e reajustes
Nos últimos dois anos, seguradoras médicas enfrentam custos elevados, impulsionados pela demanda reprimida de cuidados de saúde após a pandemia de COVID-19. Diversas empresas já reduziram projeções de lucro e sinalizaram aumentos de preços para 2026 a fim de compensar a maior utilização dos planos.
A Oscar Health, fundada em 2012, obteve seu primeiro lucro em 2024, sob a gestão de Bertolini. A operadora afirma estar “bem posicionada” para atravessar o atual período de ajuste do mercado e retomar a lucratividade no próximo ano.
Com informações de Forbes