O dirigente político do Hamas Ghazi Hamad declarou em entrevista à emissora Al Jazeera que a ação do grupo contra Israel em 7 de outubro de 2024 “gerou conquistas históricas” ao recolocar a causa palestina no centro do debate internacional. “Por que tantos países estão reconhecendo a Palestina agora? Os frutos de 7 de outubro abriram os olhos do mundo para a questão palestina”, afirmou.
Nos últimos dias, diversos governos europeus sinalizaram intenção de reconhecer formalmente um Estado palestino. O presidente da França, Emmanuel Macron, comunicou no mês passado que Paris apresentará o reconhecimento durante a Assembleia Geral das Nações Unidas marcada para setembro. Pouco depois, o Reino Unido anunciou posição semelhante, condicionando Israel a melhorar a situação humanitária na Faixa de Gaza; caso contrário, Londres adotará a medida ainda antes da reunião da ONU.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, reagiu às declarações de Hamad nesta terça-feira (5). Segundo o chanceler, o reconhecimento unilateral “recompensa o terror” e teria prejudicado negociações de cessar-fogo com o Hamas. “Alguns países preferiram pressionar Israel e oferecer incentivos ao Hamas para prolongar a guerra”, afirmou Sa’ar durante pronunciamento na ONU.
Espanha, Irlanda e Noruega já oficializaram o reconhecimento do Estado palestino em decisões independentes de acordos de paz.
Imagem: Isabella de Paula via gazetadopovo.com.br
Com informações de Gazeta do Povo
