O governo iraniano enforcou, na quarta-feira, 6 de agosto de 2025, o cidadão Rozbeh Vadi, condenado por repassar informações sigilosas do programa nuclear do país ao serviço secreto israelense, o Mossad. A execução foi confirmada depois que a Suprema Corte manteve a sentença, segundo divulgou o portal estatal Mizan Online.
De acordo com a Justiça iraniana, o processo incluiu provas materiais apresentadas pela acusação e confissões do próprio réu. Vadi trabalhava em uma instituição classificada como estratégica e, por causa do cargo, tinha acesso a dados confidenciais que interessavam a Israel.
Os investigadores afirmam que o iraniano foi recrutado virtualmente por agentes identificados pelos codinomes “Alex” e “Kevin”. Depois de avaliações e treinamentos, passou a receber pagamentos mensais em criptomoedas em troca de informações classificadas.
O relatório oficial descreve encontros presenciais em Viena, Áustria, onde o acusado era submetido a inspeções físicas e mudanças de local para evitar detecção. Equipamentos de comunicação segura teriam sido fornecidos pelo Mossad, e Vadi deveria enviar relatórios semanais sobre avanços organizacionais e atender a solicitações técnicas.
Em determinado momento, o condenado tentou parcelar o envio dos dados, mas seus contatos disseram que o material deveria ser entregue de uma só vez. Entre as informações repassadas estariam detalhes sobre um cientista ligado ao programa nuclear iraniano que foi morto em ataques atribuídos a Israel.

Imagem: ABEDIN TAHERKENAREH via gazetadopovo.com.br
Vadi foi detido em Teerã após o serviço de inteligência local intensificar a vigilância sobre ele, especialmente depois de uma viagem ao exterior que levantou suspeitas.
Com informações de Gazeta do Povo