Tallinn (Estônia), 6 ago. 2025. O presidente de Israel, Isaac Herzog, declarou nesta quarta-feira (6) que a ofensiva do Hamas contra o território israelense em 7 de outubro de 2023 tornou “fútil” a proposta de criação de um Estado palestino ao lado de Israel.
Durante entrevista coletiva ao lado do presidente da Estônia, Alar Karis, Herzog afirmou que o massacre de civis cometido pelo grupo palestino mudou “o pensamento israelense” sobre a possibilidade de dois Estados. “É possível assinar acordos, ter fronteiras reconhecidas, e ainda assim uma organização terrorista cruzar a linha, matar, estuprar, queimar e tomar reféns”, disse.
Segundo o chefe de Estado israelense, a formação de um país palestino hoje “não ajudaria um único palestino”, aprofundaria frustrações e seria interpretada como “recompensa ao terrorismo”.
Situação humanitária em Gaza
Ao comentar o conflito, Alar Karis classificou como “catastrófica” a condição da população na Faixa de Gaza. Para o presidente estoniano, “o combate ao terrorismo não pode ter como preço a morte de civis”. Karis reiterou que Tallinn apoia, “a seu tempo”, uma solução de dois Estados, mas ressaltou que a medida não ocorrerá “da noite para o dia”.
Críticas ao Irã e à ONU
Herzog também apontou o Irã como ameaça a Israel e à Europa, lembrando que, há dois meses, Teerã lançou mísseis contra um instituto de pesquisa oncológica israelense em resposta a ataques contra o programa nuclear iraniano.

Imagem: TOMS KALNINS via gazetadopovo.com.br
O líder israelense acusou ainda a Organização das Nações Unidas (ONU) de reter cerca de 800 caminhões com ajuda humanitária liberada por Israel para Gaza. “A ONU poderia distribuir esses suprimentos e não o faz”, afirmou.
Relação com a imprensa
Por fim, Herzog acusou veículos de comunicação de distorcerem a atuação de Israel no conflito. Segundo ele, reportagens “ignoram a responsabilidade do Hamas pelo sofrimento dos moradores de Gaza”.
Com informações de Gazeta do Povo