O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes usou o humor para comentar a anulação de seu visto norte-americano pelo governo Donald Trump. A declaração ocorreu na noite de quarta-feira (6), durante o lançamento do livro “Jurisdição Constitucional da Liberdade para a Liberdade no STF”, em Brasília.
“Eu já tive oportunidade de falar em Roma, Paris e Lisboa; agora, Washington não mais”, brincou o decano, arrancando risadas dos convidados.
Participaram do evento o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e os ministros Flávio Dino, Edson Fachin, Cristiano Zanin e Luiz Fux, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Vistos cancelados
Em 18 de julho, Washington revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes, de familiares e de aliados. A medida alcançou também outros sete integrantes da Corte: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.
Moraes passou ainda a ser alvo da Lei Magnitsky em 30 de julho, data próxima ao anúncio de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo o Departamento de Estado, o magistrado teria atuado como “juiz e júri” em uma “caça às bruxas” contra cidadãos e empresas dos Estados Unidos e do Brasil. O documento menciona o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e decisões que impuseram restrições a plataformas digitais.
Imagem: Gustavo Moreno via gazetadopovo.com.br
Solidariedade a Moraes
Horas antes da cerimônia, Gilmar Mendes manifestou apoio público a Moraes após reportagem da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, apontar suposto isolamento do relator do processo do golpe dentro do STF por ter determinado prisão domiciliar de Bolsonaro. “O Alexandre de Moraes tem toda a nossa confiança e o nosso apoio. Não há isolamento algum. O Brasil teria se tornado um pântano institucional não fosse a ação de Moraes”, afirmou o decano, ao sair de um evento do Instituto Esfera Brasil, na capital federal.
Com informações de Gazeta do Povo
