São Paulo – O Grupo Potencial vai investir R$ 2 bilhões na construção de uma usina de etanol de milho em Lapa, região metropolitana de Curitiba (PR). O projeto, previsto para começar em 2026 e ser concluído até o fim de 2027, foi confirmado pelo vice-presidente da companhia, Carlos Eduardo Hammerschmidt.
Segundo o executivo, a planta consumirá cerca de 1,2 milhão de toneladas de milho por ano, volume equivalente a 6% da safra paranaense. O Estado, segundo maior produtor do cereal no país, colhe um recorde de 20 milhões de toneladas na temporada 2024/25.
Complexo de biocombustíveis
O novo empreendimento faz parte de um megacomplexo de biocombustíveis que o grupo desenvolve na cidade desde 2012. Com o aporte anunciado, os investimentos acumulados no local somarão cerca de R$ 6 bilhões.
Já em fase avançada, uma esmagadora de soja deve entrar em operação no primeiro semestre de 2026, fornecendo matéria-prima para a fábrica de biodiesel que está em ampliação. Quando a expansão for concluída, até o fim de 2026, a capacidade de produção de biodiesel passará de 900 milhões para 1,62 bilhão de litros anuais. A unidade de processamento de soja terá capacidade de 1,2 milhão de toneladas por ano.
Logística e novos projetos
Para escoar a produção, a empresa planeja construir dois dutos – um para etanol e outro para biodiesel – ligando Araucária ao complexo de Lapa. O investimento estimado nessas estruturas é de R$ 200 milhões, com a possibilidade de atender também outras cidades e bases distribuidoras situadas nas proximidades da refinaria da Petrobras no Paraná.
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No longo prazo, o Grupo Potencial avalia instalar uma planta de combustível sustentável de aviação (SAF) no mesmo complexo. De acordo com Hammerschmidt, o projeto ainda não foi iniciado devido à baixa demanda global e ao custo estimado entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões.
Fundado nos anos 1950 a partir de uma pequena rede de postos, o Grupo Potencial busca transformar o polo de Lapa no maior complexo de biocombustíveis do mundo, aproveitando a oferta crescente de grãos no Paraná e o aumento no consumo de bioenergia no país, impulsionado, entre outros fatores, pelo reajuste para 30% de etanol anidro na gasolina em vigor desde 1.º de agosto.
Com informações de InfoMoney
