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Estados Unidos apoiam emenda que libera reeleição indefinida em El Salvador e rebatem comparações com ditaduras

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O governo dos Estados Unidos manifestou nesta terça-feira (5) apoio à reforma constitucional aprovada em El Salvador que autoriza a reeleição presidencial sem limites, medida que pode permitir ao presidente Nayib Bukele disputar um terceiro mandato consecutivo. Em comunicado à agência EFE, um porta-voz do Departamento de Estado afirmou que a Assembleia Legislativa salvadorenha “foi eleita democraticamente para representar os interesses de seus eleitores” e que cabe aos parlamentares decidir “como o país deve ser governado”.

O representante norte-americano também rejeitou as críticas que comparam o processo legislativo salvadorenho a regimes autoritários da região. “Rechaçamos a comparação do processo legislativo de El Salvador, baseado na democracia e constitucionalmente sólido, com regimes ditatoriais ilegítimos em outras partes da nossa região”, declarou.

O que mudou na Constituição

A reforma, ratificada na sexta-feira (1º) pela Assembleia Legislativa, altera três pontos centrais:

  • permite a reeleição presidencial indefinida;
  • estende o mandato de cinco para seis anos;
  • elimina o segundo turno das eleições.

Com a emenda, Bukele, que goza de ampla popularidade em razão da política de combate às gangues criminosas, fica apto a disputar um terceiro mandato, embora ainda não tenha confirmado a candidatura.

Reações internas e externas

Partidos de oposição e organizações de direitos humanos, entre elas Anistia Internacional e Human Rights Watch, acusam a mudança de “corroer a democracia” e equiparam a situação à de Nicarágua e Venezuela. Bukele rebateu as críticas, alegando que nações desenvolvidas, como Reino Unido, Espanha e Dinamarca, também permitem reeleições sem restrições.

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Imagem: KEN CEDENO via gazetadopovo.com.br

O presidente salvadorenho mantém relação próxima com a administração do chefe de Estado norte-americano, Donald Trump. Os dois governos firmaram um acordo para transferir imigrantes em situação irregular aos centros de detenção de segurança máxima de El Salvador.

Com informações de Gazeta do Povo

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