O Brasil conquistou o nono título da Copa América Feminina ao superar a Colômbia nos pênaltis, na noite de 4 de agosto, em Quito, Equador. A decisão terminou 4 a 4 após a prorrogação e teve como grande protagonista Marta, autora de dois gols e decisiva na série de cobranças.
Organização sob críticas
Pela terceira vez em cinco edições, o torneio foi realizado no Equador. Desta vez, todos os jogos aconteceram em Quito. Questões logísticas marcaram a competição: segundo a meio-campista Ary Borges, as equipes tiveram de aquecer em espaços internos apertados nas primeiras rodadas devido às condições do gramado.
Fase de grupos
No Grupo A, a Argentina terminou com 100% de aproveitamento, mas precisou de gols nos minutos finais nas três primeiras partidas. Chile, Equador e Uruguai brigaram pela segunda vaga; as uruguaias garantiram a classificação ao vencer o Chile por 3 a 0 na última rodada, depois de protestarem contra falta de apoio da federação antes do torneio. O Peru se despediu sem pontos.
No Grupo B, Brasil e Colômbia avançaram com tranquilidade. A seleção brasileira registrou 12 gols marcados e apenas um sofrido. A Colômbia, após empatar sem gols com a Venezuela, goleou Paraguai e Bolívia. As bolivianas perderam os quatro jogos e sofreram 25 gols, enquanto a paraguaia Claudia Martínez, de 17 anos, anotou seis gols e terminou como artilheira conjunta.
Semifinais e terceiro lugar
A primeira semifinal terminou sem gols; nos pênaltis, a Colômbia superou a Argentina após Eliana Stábile desperdiçar a última cobrança. O Brasil não encontrou dificuldades contra o Uruguai e fez 5 a 1, garantindo também vaga nos Jogos Olímpicos de 2028. Na disputa pelo terceiro lugar, a Argentina bateu o Uruguai nos pênaltis depois de empate por 2 a 2.
Final eletrizante
A decisão reuniu a Colômbia, em busca do primeiro troféu, e o Brasil, presente em todas as finais do torneio. Linda Caicedo abriu o placar para as colombianas; o Brasil empatou de pênalti nos acréscimos do primeiro tempo. Um gol contra recolocou a Colômbia na frente, mas Amanda Gutiérrez igualou aos 80 minutos. Mayra Ramírez marcou aos 88 e deixou as colombianas perto do título, até Marta empatar nos acréscimos.
Imagem: forbes.com
Na prorrogação, Marta fez 4 a 3 para o Brasil, porém Leicy Santos levou o jogo novamente à igualdade a cinco minutos do fim. Nos pênaltis, após alternância de erros, a goleira Lorena defendeu a cobrança de Jorelyn Carabalí e selou o triunfo brasileiro, enquanto a Colômbia amargou a quarta derrota em finais nas últimas cinco edições.
Com o resultado, o Brasil ampliou sua hegemonia continental e ressaltou a importância de Marta, que mais uma vez decidiu em momentos cruciais.
Com informações de Forbes
