O primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (PL-RJ), anunciou nesta terça-feira, 5 de agosto de 2025, que colocará em votação o projeto de anistia aos presos dos atos de 8 de janeiro sempre que estiver no comando da Casa na ausência do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB).
“Assim que eu exercer a presidência plena, caso o deputado Motta viaje para fora do país, o texto da anistia entrará na pauta”, declarou Côrtes em coletiva de imprensa organizada pela oposição na manhã de hoje.
Repercussão nas redes sociais
Minutos após a declaração, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) confirmou a intenção de Côrtes em publicação na rede X (antigo Twitter). Segundo ele, a proposta será submetida ao plenário de forma “ampla, geral e irrestrita” caso Motta se ausente.
Contexto político
O movimento ocorre um dia depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinar prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposto descumprimento de medidas cautelares impostas em julho.
Hugo Motta vem sendo acusado por setores da direita de retardar o andamento da anistia no Legislativo. Durante manifestações no último domingo, na Avenida Paulista, ele foi vaiado e chamado de “inimigo da nação”, com faixas cobrando a votação imediata do projeto.

Imagem: Câmara de Deputados via gazetadopovo.com.br
Posicionamento de Hugo Motta
Em entrevistas anteriores, o presidente da Câmara afirmou não querer misturar o tema da anistia com a agenda econômica. “Num cenário de crise internacional, precisamos manter diálogo e evitar crises institucionais”, disse à CNN Brasil em abril. Motta reconhece que a proposta possui “pauta válida”, mas defende que soluções para o país passem pela manutenção do diálogo entre Poderes.
Altineu Côrtes, por sua vez, argumenta que sua disposição de pautar o texto busca atender a pressão de parlamentares e manifestantes que consideram injustas as prisões relacionadas ao 8 de janeiro.
Com informações de Gazeta do Povo