Uma combinação de liderança feminina nos escritórios e desempenho de atletas consagradas está conduzindo a U.S. Ski & Snowboard a uma nova fase. A presidente e CEO Sophie Goldschmidt, a diretora de esportes Anouk Patty e a diretora de receitas e filantropia Trisha Worthington coordenam iniciativas que abrangem desde financiamento integral de preparação até programas de carreira para os competidores.
Estrutura de apoio completa
Goldschmidt afirma que o modelo da entidade cobre todo o ciclo de necessidade dos atletas. Treinos, técnicos, assistência médica, reabilitação, condicionamento, viagens e hospedagem recebem recursos específicos. Fora das pistas, há seguro-saúde, atendimento psicológico e o Athlete Career & Education (ACE), programa que oferece bolsas de estudo, estágios, mentoria e orientação de vida.
Experiência no topo e dentro das pistas
Anouk Patty, ex-integrante da seleção norte-americana de esqui alpino e campeã universitária pela Dartmouth College em 1988, destaca que hoje os competidores participam das decisões: “Quando eu era atleta não tínhamos voz; agora fazemos questão de ouvi-los”, diz. Worthington, responsável por captação filantrópica em dois períodos que somam 21 anos, lembra que doadores financiam cerca de um terço das receitas da organização, incluindo os US$ 2 milhões extras previstos para levar dez equipes aos Jogos de 2026.
Ícones em destaque
No grupo de estrelas que se preparam para Milão-Cortina aparecem nomes como:
- Mikaela Shiffrin – recordista de vitórias na Copa do Mundo de esqui alpino;
- Jessie Diggins – maior medalhista dos Estados Unidos no esqui cross-country, com três medalhas olímpicas e sete em mundiais;
- Brenna Huckaby – bicampeã paralímpica de snowboard, vencedora do ESPY 2024 de melhor atleta com deficiência.
Shiffrin ressalta que os resultados ainda motivam, mas sublinha “a alegria de melhorar a cada temporada”. Diggins celebra a possibilidade de ter família e amigos presentes, algo inviável em Pequim 2022. Huckaby quer medalhas nas duas provas que disputará, mas também reforça a missão de “mudar a narrativa” sobre o paradesporto.
Visibilidade e parcerias
Para ampliar audiência, a federação investe em acordos como o Stifel Snow Show na NBC e a minissérie “The Drop In”, produzida com a plataforma TOGETHXR para mostrar novas talentos do snowboard feminino. Shiffrin lembra que direitos de transmissão fragmentados ainda dificultam o acesso do público, mas elogia avanços de iniciativas que contam bastidores e histórias de superação.

Imagem: forbes.com
Sustentabilidade financeira
Desde a chegada de Goldschmidt, a receita com patrocínios corporativos quase triplicou. Mesmo assim, Worthington enfatiza que a estabilidade depende do engajamento de um conselho de curadores ativo, doadores de longo prazo e uma equipe de captação com mais de uma década de casa.
Rumo aos Jogos de 2026
Com a expectativa de formar mais de 60% da equipe de inverno dos Estados Unidos em Milão-Cortina, a U.S. Ski & Snowboard prioriza consistência durante todo o ciclo de Copas do Mundo. “Os atletas que lideram as temporadas são os que chegam fortes aos Jogos”, afirma Goldschmidt. Para Patty, a meta é manter a cultura de união e desempenho: “Estar na Itália, cercados de atletas e equipe focados em um objetivo comum, será poderoso”.
Com informações de Forbes