Em artigo de opinião, o colunista Lucas Collazo afirma que o mercado financeiro brasileiro tem minimizado qualquer evento político até a eleição presidencial de 2026, enquanto companhias de tecnologia dos Estados Unidos continuam a apresentar resultados considerados “insultantemente” positivos.
Segundo o autor, os balanços divulgados por Meta e Microsoft reforçam a eficiência gerada por ferramentas de inteligência artificial, área que, de acordo com o texto, impulsiona crescimento e redução de custos. Collazo lembra que, “quase um mês atrás”, a Microsoft — fundada por Bill Gates — anunciou a demissão de 5 mil desenvolvedores, movimento associado à adoção de IA na empresa.
No Brasil, aponta o colunista, a atenção do mercado estaria concentrada em uma eventual mudança de ciclo político e nas sanções que o ex-presidente norte-americano Donald Trump teria coordenado contra integrantes do Judiciário brasileiro, entre eles o ministro Alexandre de Moraes. Tais medidas, diz o texto, impediriam o magistrado de realizar operações simples, como manter conta na Netflix ou usar a plataforma Uber.
Collazo também menciona que a corrida presidencial de 2026 é vista, do lado da direita, como fragmentada, com nomes como Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Ratinho Júnior sendo cogitados. Do outro lado, há “certeza” de que o presidente Lula deve disputar a reeleição.

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Diante desse quadro, o articulista relata que parte dos agentes do mercado teme riscos intervencionistas e já mantém patrimônio majoritariamente dolarizado. Ainda assim, pondera que, para muitos, o perigo segue classificado como “risco de cauda” — evento de baixa probabilidade, mas alto impacto. O autor conclui que investidores aguardam maior clareza para, então, começarem a operar de forma mais ativa considerando as eleições.
Com informações de InfoMoney