A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, afirmou nesta sexta-feira (1.º) que o ministro Alexandre de Moraes “terá sempre seu papel lembrado na história”, sobretudo pela condução da eleição presidencial de 2022.
O comentário foi feito durante a sessão de abertura do segundo semestre da Justiça Eleitoral. Cármen Lúcia ressaltou que o TSE continua “observando e aplicando a Constituição do Brasil e as leis da República” e destacou o trabalho do antecessor no comando da corte:
“Faço uma ênfase especial ao ministro a quem sucedo nesta cadeira, o ministro Alexandre de Moraes, cujo papel na história será sempre lembrado, especialmente na atuação nas eleições de 2022, um momento que ainda repercute, com situações de extrema dificuldade”, declarou.
Moraes presidiu o TSE durante a disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro e, no STF, relata a investigação que apura suposta tentativa de golpe de Estado após o pleito.
Sanções dos Estados Unidos
As declarações da presidente do TSE ocorreram dois dias depois de o governo dos Estados Unidos revogar os vistos de Moraes e de outros sete ministros do STF, entre eles a própria Cármen Lúcia, e aplicar sanções contra Moraes com base na Lei Magnitsky, que permite punições a pessoas acusadas de violações de direitos humanos ou corrupção.
Na sessão do STF desta sexta-feira, Cármen Lúcia não comentou o tema. Moraes afirmou que ignorará as medidas norte-americanas e recebeu apoio dos ministros Luís Roberto Barroso, presidente da corte, e Gilmar Mendes.
Imagem: André Borges via gazetadopovo.com.br
As sanções foram justificadas pelo governo Trump como resposta a uma suposta “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Não há previsão de novos pronunciamentos oficiais sobre o assunto até o momento.
Com informações de Gazeta do Povo
