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Sanções dos EUA a Alexandre de Moraes expõem racha no STF e preocupam governo

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou os trabalhos do segundo semestre nesta sexta-feira (1º de agosto de 2025) sob forte tensão diplomática. O motivo é a inclusão do ministro Alexandre de Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky, medida anunciada pelo governo Donald Trump que o qualificou como “grave abusador de direitos humanos”.

Defesa pública e bastidores tensos

Na sessão de reabertura, os ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e o próprio Moraes discursaram em apoio ao Poder Judiciário. Barroso adotou tom institucional ao relembrar marcos democráticos, enquanto Mendes e Moraes lançaram críticas a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar da demonstração de unidade no plenário, uma reunião posterior no Palácio do Planalto, conduzida pelo presidente Lula, revelou divergências: cinco magistrados não compareceram ao encontro convocado para discutir a resposta às sanções.

O alcance das punições

As restrições impostas pelos Estados Unidos incluem:

  • cancelamento de visto do ministro;
  • congelamento de bens em território americano;
  • proibição de operações financeiras ou comerciais com pessoas ou empresas dos EUA;
  • possibilidade de sanções secundárias a bancos brasileiros que continuem a manter relação com Moraes.

Especialistas consultados pelo governo avaliam que a reversão das penalidades em cortes internacionais será difícil, devido ao volume de documentos apresentados por Washington para justificar a decisão.

Impactos econômicos

O presidente Trump associou o pacote de tarifas recentemente aplicado a produtos brasileiros às decisões de Moraes que, segundo a Casa Branca, violam direitos fundamentais e afetam empresas de tecnologia americanas. Analistas alertam que o conflito pode evoluir para um embargo econômico mais amplo, aumentando a pressão sobre o Planalto.

Podcast detalha cenários

Edição especial do podcast 15 Minutos elencou as possíveis consequências das sanções. O programa explicou as categorias de punições previstas pela Lei Magnitsky — cancelamento de vistos, bloqueio de ativos e restrições a transações — e ressaltou o risco de penalidades secundárias a instituições financeiras brasileiras que não se desvincularem de Moraes.

A crise abre mais um front externo para o governo Lula e coloca o STF sob escrutínio interno: enquanto parte da Corte cobra reação enérgica, outro grupo prefere ação diplomática e discreta. Por ora, não há prazo definido para que a chancelaria brasileira apresente recursos em organismos internacionais.

Com informações de Gazeta do Povo

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