01/08/2025 – O ródio, elemento branco-prateado do grupo da platina, assumiu o posto de metal mais caro do mundo, deixando para trás ouro, platina e até diamante.
Preço dispara desde 2019
Em julho, a cotação do ródio ultrapassou US$ 163 por grama – mais de R$ 800 – e pode chegar a valores cinco vezes maiores, devido à forte volatilidade do mercado. Para comparação, o ouro é negociado em torno de US$ 100 por grama (aproximadamente R$ 600), segundo dados da Trading Economics.
Escassez extrema e produção limitada
Com ocorrência de apenas 0,000037 partes por milhão na crosta terrestre, o ródio é extraído como subproduto do refino de platina, paládio ou níquel, não havendo minas dedicadas exclusivamente a ele. A África do Sul responde por mais de 85 % da oferta global, seguida pela Rússia; o restante do mundo tem participação residual.
Especialistas destacam que a baixa concentração do metal, aliada a fatores geopolíticos nos principais países produtores, dificulta o ajuste da produção à demanda e sustenta os preços elevados.
Descoberta e nome de origem grega
O químico inglês William Hyde Wollaston identificou o ródio em 1803, ao analisar uma amostra de platina sul-americana. O nome deriva do grego rhodon (“rosa”), referência ao tom avermelhado dos sais do metal.

Imagem: RhAgchem Wikimedia Commons via gazetadopovo.com.br
Aplicação dominante na indústria automotiva
Cerca de 90 % da demanda em 2019 veio dos conversores catalíticos utilizados em veículos, componentes responsáveis por transformar óxidos de nitrogênio (NOx) em gases menos nocivos. A eficiência do ródio nesse processo torna o metal estratégico para reduzir emissões e atender a padrões ambientais cada vez mais rígidos.
Como investir
Embora seja possível adquirir o metal físico, analistas sugerem a opção de fundos negociados em bolsa (ETFs) atrelados ao ródio, considerados mais acessíveis e seguros para quem deseja exposição ao ativo.
Com informações de Gazeta do Povo