Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira, 1º de agosto de 2025, que o Brasil “sempre esteve aberto ao diálogo” com os Estados Unidos, depois de Donald Trump declarar, em Washington, que atenderia uma ligação do líder brasileiro para tratar das novas tarifas de 50% impostas sobre produtos nacionais.
“Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano”, escreveu Lula nas redes sociais, mantendo o tom crítico iniciado após o anúncio do tarifaço.
Sem contato direto entre os presidentes
Apesar da sinalização de abertura, Lula ainda não conversou por telefone com Trump. As tratativas ocorrem nos bastidores, conduzidas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PDB-SP), por senadores que viajaram aos Estados Unidos, por empresários de ambos os países e por outros ministros.
Agenda econômica em ritmo acelerado
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que pretende realizar uma reunião de alto nível com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, antes de qualquer contato direto entre os chefes de Estado. “É importante fazer esta reunião antes dos presidentes conversarem”, disse Haddad.
Tarifas entram em vigor na próxima semana
As novas alíquotas de 50% começam a valer na próxima quinta-feira, 7 de agosto, e atingirão cerca de 55% das exportações brasileiras para os Estados Unidos. Aproximadamente 700 itens, entre eles suco e polpa de laranja e aeronaves civis, ficarão fora da taxação.

Imagem: Ricardo Stuckert via gazetadopovo.com.br
O governo brasileiro trata o calendário como uma corrida contra o tempo para buscar alternativas que minimizem os impactos sobre os setores mais afetados, em especial o agronegócio.
Com informações de Gazeta do Povo