O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou na madrugada desta quinta-feira (31), em sua rede Truth Social, novas críticas à Rússia e à Índia, reforçando a tarifa de 25% sobre produtos indianos e prometendo uma punição ainda não detalhada pela continuidade do comércio de Nova Délhi com Moscou.
No texto, Trump afirmou não se importar com a parceria econômica entre os dois países e classificou as economias de ambos como “mortas”. O republicano também disse que os Estados Unidos “fazem muito pouco negócio com a Índia” devido às “tarifas mais altas do mundo” impostas pelo país asiático. Sobre a Rússia, declarou que “EUA e Rússia quase não fazem negócios” e completou: “Vamos manter assim”.
A tarifa de 25% marca a primeira ação concreta de Trump após ameaçar impor sanções secundárias aos principais parceiros comerciais de Moscou caso o Kremlin não encerre a guerra na Ucrânia. Ele não especificou quais seriam as penalidades adicionais para a Índia.
Ultimato à Rússia
No início do mês, o presidente já havia ameaçado aplicar tarifas secundárias de 100% contra a Rússia, dando um prazo de 50 dias para que o país negociasse o fim do conflito com Kiev. Durante viagem à Escócia na segunda-feira (28), o prazo foi reduzido para 10 a 12 dias, medida que também impactaria nações como Índia e China, grandes compradoras de energia russa.
Reação de Medvedev
O ex-presidente russo e aliado de Vladimir Putin, Dmitry Medvedev, ironizou o primeiro ultimato em uma publicação na rede X, sugerindo que Moscou não se abalaria. Após o encurtamento do prazo, Medvedev voltou a provocar, dizendo que cada nova exigência de Trump era “um passo rumo à guerra” entre Estados Unidos e Rússia.
Trump não havia respondido publicamente até o post desta quinta. Na nova mensagem, chamou Medvedev de “ex-presidente fracassado” e alertou: “Ele está entrando em território muito perigoso”. O político russo, que recorreu a discursos de intimidação nuclear nos últimos anos, ainda não respondeu.

Imagem: forbes.com
Trump também destacou que a Índia “sempre comprou a maior parte do seu equipamento militar da Rússia” e é “o maior comprador de energia russa depois da China”.
Até o momento, não há detalhes sobre a eventual penalidade contra Nova Délhi, e o governo russo não se pronunciou sobre as declarações mais recentes do presidente norte-americano.
Com informações de Forbes