O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou apoio público ao colega Alexandre de Moraes nesta quinta-feira (31), após o governo dos Estados Unidos aplicar sanções da Lei Magnitsky contra o magistrado brasileiro.
Em publicação na rede social X, Gilmar afirmou que Moraes “conduz com coragem e desassombro” os processos sob sua relatoria na Corte. Segundo o ministro, o colega presta “serviço fundamental para a preservação da nossa democracia”.
O Departamento de Estado norte-americano justificou a medida alegando que Moraes teria atuado como “juiz e júri” em uma “caça às bruxas” considerada ilegal contra cidadãos e empresas dos dois países. Entre os episódios citados estão o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e decisões que atingiram plataformas digitais.
“Diante dos ataques injustos, declaro integral apoio ao ministro Alexandre de Moraes”, escreveu Gilmar. Ele também enfatizou que “a independência do Poder Judiciário brasileiro é um valor inegociável, e o Supremo Tribunal Federal seguirá firme no cumprimento de suas funções”.
Bolsonaro é réu na ação penal relatada por Moraes que investiga suposta tentativa de golpe de Estado. O processo, que inclui outros sete acusados classificados como “núcleo 1”, deve ser julgado pela Primeira Turma do STF entre agosto e setembro.

Imagem: Gustavo Moreno via gazetadopovo.com.br
Além de Gilmar, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e o ministro Flávio Dino também defenderam Moraes. Em nota oficial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a iniciativa dos EUA foi “articulada por políticos brasileiros que traem nossa pátria”. Já o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que o país “não pode apoiar nenhum tipo de sanção por parte de nações estrangeiras dirigida a membros de qualquer Poder constituído da República”.
Com informações de Gazeta do Povo