Home / Negócios / EUA voltam a cobrar tarifas de Trump nesta sexta-feira após prazo para novos acordos

EUA voltam a cobrar tarifas de Trump nesta sexta-feira após prazo para novos acordos

Washington, 31 de julho de 2025 — As tarifas comerciais anunciadas pelo presidente Donald Trump voltam a valer nesta sexta-feira (1º) para dezenas de parceiros dos Estados Unidos. O prazo de 90 dias dado pelo governo norte-americano para que os países negociassem novas condições termina sem o resultado prometido pela Casa Branca: apenas nove nações assinaram acordos, muito abaixo da meta de 90 acertos em 90 dias.

Trump pretende assinar ainda hoje ordens executivas com as novas alíquotas para os países que não fecharam entendimentos, informou o Politico, citando um integrante do governo. A primeira versão das tarifas foi divulgada em 2 de abril, data que o presidente chamou de “Dia da Libertação”, mas a cobrança foi suspensa duas vezes — até 9 de julho e, depois, até 1º de agosto.

Principais alíquotas anunciadas

A Casa Branca divulgou parte da tabela que passará a vigorar a partir de amanhã:

  • Reino Unido: 10% sobre a maioria dos produtos (inclui até 100 mil carros importados), contra ameaça inicial de 25%;
  • Vietnã: 20%, ante 46% propostos em abril;
  • Indonésia: 19%, abaixo dos 32% previstos;
  • Filipinas: 19%, reduzidos de 20%;
  • Japão: 15%, em vez de 25%;
  • União Europeia: 15%, ante 30%;
  • Índia: 25%, levemente abaixo dos 26%;
  • Coreia do Sul: 15%, contra 25% anteriores;
  • Brasil: 50%, com isenção para cerca de 40% dos itens, bem acima dos 10% atuais.

Tailândia, Camboja e Paquistão afirmaram nesta semana ter fechado novos acordos, mas não revelaram as taxas. México e Canadá receberam cartas com ameaças de 30% e 35%, respectivamente, caso não haja avanço nas negociações.

México ganha novo prazo

Em publicação na rede Truth Social, Trump suspendeu por mais 90 dias qualquer aumento para o México. Permanecem em vigor as tarifas de 25% sobre produtos fora do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), 25% para automóveis e 50% para aço, alumínio e cobre.

Disputa judicial

Um tribunal federal de apelações, em Washington, ainda pode brecar a medida. Durante audiência nesta quinta-feira, juízes questionaram o uso da Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA) para justificar as tarifas. Em maio, um tribunal de comércio em Nova York decidiu que Trump extrapolou sua autoridade, mas manteve as cobranças enquanto o governo recorre.

Caso não haja nova suspensão judicial, países que não renegociaram terão as alíquotas anunciadas em abril restabelecidas — 32% para Taiwan, 31% para Suíça e 37% para Bangladesh, entre outros. O presidente também cogita elevar a tarifa básica aplicada a todos os parceiros, hoje mantida durante a pausa, para até 20%.

Com apenas nove acordos confirmados e a possibilidade de contestação nos tribunais, a reativação das tarifas marca mais um capítulo da política comercial agressiva adotada pelo governo Trump.

Com informações de Forbes

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *