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Diretores de “KPop Demon Hunters” revelam bastidores do sucesso global na Netflix

São Paulo – Mais de um mês após a estreia em 20 de junho, KPop Demon Hunters segue no topo das paradas da Netflix e já é o longa animado original mais assistido da plataforma. A produção da Sony Pictures Animation mistura fantasia, mitologia coreana e música pop, e vem mobilizando público e crítica ao redor do mundo.

Além da audiência recorde, a trilha sonora também se tornou fenômeno. As oito faixas inéditas entraram simultaneamente na Billboard Hot 100 por várias semanas, e sete figuram entre as 20 mais ouvidas nas paradas dos Estados Unidos e globais do Spotify; “Golden” ocupa o primeiro lugar em ambas.

O alcance de mais de 300 milhões de assinantes da Netflix, aliado a um lançamento limitado nos cinemas norte-americanos – que garantiu elegibilidade ao Oscar – transformou o filme em potencial concorrente nas categorias de Melhor Animação e Canção Original.

A surpresa dos diretores

Em entrevista concedida à repórter Regina Kim, os codiretores Maggie Kang e Chris Appelhans disseram não ter previsto a repercussão. “Ninguém esperava isso”, admitiu Kang.

Segundo ela, o conceito inicial previa apenas caçadoras de demônios; o elemento K-pop foi incorporado mais tarde. “As possibilidades de coreografar lutas ao ritmo da música pareciam frescas”, explicou.

Apoio interno e escolha do elenco

O projeto recebeu suporte da então produtora Michelle Wong, da presidente da Sony Pictures Animation, Kristine Belson, e de Spring Aspers, chefe do Sony Pictures Music Group. Para compor o elenco, a equipe separou vozes de canto e de atuação.

EJAE foi a primeira contratada, responsável pelos vocais de Rumi. Entre os intérpretes, May Hong (Mira) foi a escalação mais fácil. Já Lee Byung-hun aceitou após apresentação direta dos diretores. “Ele gravava 15, 16 takes e ainda pedia mais cinco”, contou Appelhans. O papel principal de Rumi foi o mais difícil de preencher; acabou nas mãos de Arden Cho.

Trilha sonora legitimada pelo K-pop

Para garantir autenticidade, os realizadores buscaram Teddy Park, fundador da The Black Label e autor de hits para 2NE1, BIGBANG e BLACKPINK. Após reunião em Seul, o produtor aprovou o projeto. A partir daí, somaram-se Ian Eisendrath (produtor musical executivo), Lindgren e Stephen Kirk.

“Sabíamos que as músicas precisavam ser aceitas pela indústria do K-pop, por isso a parceria com uma gravadora era essencial”, disse Kang.

Referências culturais e cuidados

A equipe contou com a consultoria da professora Mijeong “Mimi” Kim, da Washington University em St. Louis, para assegurar fidelidade a elementos de arte, linguagem e mitologia coreanas. Termos como “honmoon” — portão espiritual que protege o mundo humano — foram criados para a narrativa.

Apesar das especulações, os diretores negaram ter recorrido a rituais xamânicos para “atrair boa sorte” ao filme. “Parece até que fizemos, mas não”, brincou Kang.

KPop Demon Hunters está disponível globalmente na Netflix.

Com informações de Forbes

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