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Mais de 570 mil perderam o enquadramento como MEI; conheça falhas comuns e caminhos para virar microempresa

Dados da Contabilizei, obtidos a partir de registros da Receita Federal, indicam que mais de 570 mil Microempreendedores Individuais (MEIs) foram desenquadrados entre 2023 e 2024. Especialistas alertam que a maior parte das exclusões decorre de descuidos rotineiros que poderiam ser evitados com acompanhamento contábil e planejamento.

12 motivos frequentes para a perda do status de MEI

O levantamento elenca os principais erros que resultam em desenquadramento:

1. Exercer atividade não listada para MEI;

2. Ultrapassar o limite anual de faturamento de R$ 81 mil;

3. Contratar mais de um funcionário;

4. Atrasar o pagamento do Documento de Arrecadação do Simples (DAS);

5. Entregar a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI) fora do prazo;

6. Misturar contas pessoais e empresariais;

7. Falta de controle de caixa;

8. Não emitir nota fiscal em vendas para outras empresas;

9. Manter cadastros desatualizados no CNPJ;

10. Ausência de controle de estoque;

11. Desconhecimento das regras que envolvem o próprio CNPJ;

12. Ignorar benefícios a que o MEI tem direito.

Quando a receita passa do teto

Ultrapassar o faturamento é o segundo erro mais recorrente, de acordo com a Contabilizei. Caso a receita exceda o limite em até 20% — chegando a R$ 97.200 — o empreendedor pode permanecer como MEI até o fim do ano-calendário. Valores acima disso provocam desenquadramento imediato e podem gerar cobranças retroativas se o Fisco identificar a irregularidade antes do próprio contribuinte, explica Diego Dias, vice-presidente de operações da Contabilizei.

Planejando a transição para Microempresa

Ao notar crescimento do negócio, o microempreendedor deve considerar a migração para Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP). Nesses regimes, a tributação é aplicada por faixas progressivas no Simples Nacional, há obrigação de emitir nota fiscal também para pessoa física, manter escrituração contábil estruturada e enviar declarações acessórias, detalha a contadora Luana Bispo, líder contábil da Agilize.

“Ultrapassar o teto de faturamento, contratar mais funcionários ou executar atividades não permitidas é, muitas vezes, sinal de evolução do negócio”, afirma Bispo. Apesar disso, ela ressalta que a mudança de categoria deve ser planejada para evitar custos inesperados ou falhas fiscais.

Para reduzir riscos, especialistas recomendam monitorar mensalmente o faturamento, manter documentos em dia e buscar orientação profissional antes de qualquer alteração no perfil da empresa.

Com informações de InfoMoney

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