A WHSmith firmou acordo para repassar o site de cartões personalizados FunkyPigeon.com à Card Factory por 24 milhões de libras esterlinas (US$ 31,8 milhões). A transação, sujeita a aprovações usuais, deve ser concluída até o fim de 2025, transformando o grupo britânico em varejista dedicado exclusivamente ao segmento de viagens.
A compradora, listada na bolsa de Londres, opera mais de 1 000 lojas no Reino Unido e na Irlanda. Segundo a Card Factory, o negócio impulsionará sua estratégia digital ao incorporar a plataforma do Funky Pigeon, que faturou cerca de £32 milhões anuais e gerou £5 milhões de EBITDA, em média, nos dois últimos exercícios.
Desde o anúncio da compra, as ações da Card Factory avançaram 10%. Já os papéis da WHSmith recuaram e encerraram o dia cotados a £10,28, acumulando queda de 13,5% no ano.
Reorganização da WHSmith
A venda do Funky Pigeon ocorre após a WHSmith fechar, em março de 2025, a alienação de toda a operação High Street no Reino Unido para a Modella Capital. O negócio, envolvendo quase 500 lojas, deve render até £40 milhões em caixa bruto ao grupo até 2026.
No exercício encerrado em 31 de agosto de 2024, a divisão de viagem já respondia por 75% da receita e 85% do lucro operacional da varejista. Atualmente, a empresa soma mais de 1 200 lojas em 32 países, operando marcas como WHSmith e InMotion.
Expansão em aeroportos
A companhia ampliou contratos em Heathrow (Londres) e no Aeroporto John F. Kennedy (Nova York). No novo Terminal One do JFK, previsto para 2026, abrirá oito pontos, inclusive o primeiro WHSmith com marca própria no hub, além dos conceitos The Queen’s Borough Market e The Canopy.

Imagem: forbes.com
Na América do Norte, a rede mantém mais de 300 lojas, sendo mais de 50 em grandes aeroportos da Costa Leste dos EUA como Newark, LaGuardia, Ronald Reagan e Dulles. Para o CEO Carl Cowling, a região representa “a oportunidade de crescimento mais empolgante” do grupo.
O avanço ocorre em meio à concorrência de gigantes como Avolta e Lagardère Travel Retail, que disputam o segmento de produtos essenciais para viagem, enquanto a Gebr. Heinemann testa formatos similares. A WHSmith aposta que, livre de outras operações, poderá capturar a expansão prevista do fluxo aéreo mundial, estimado para mais que dobrar entre 2024 e 2050.
Com informações de Forbes