A plataforma de vídeos Rumble divulgou nota nesta quarta-feira (30) celebrando as sanções impostas pelo governo Donald Trump ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Magnitsky.
De acordo com os advogados da empresa, a decisão de Washington representa “uma medida firme em defesa da liberdade de expressão e do Estado de Direito”. Eles afirmaram ainda que “nenhum magistrado estrangeiro tem autoridade para censurar a fala de cidadãos dos EUA ou punir empresas americanas por cumprirem as leis constitucionais em território americano”.
Pedido para voltar a operar no país
No mesmo comunicado, o Rumble solicitou que o STF revogue a ordem que suspendeu o serviço no Brasil. Em fevereiro, Moraes determinou o bloqueio da plataforma após a companhia informar que não cumpriria determinações judiciais e por não ter indicado representante legal no país.
“Reiteramos nosso apelo para que o Supremo Tribunal Federal do Brasil revogue essas ordens ilegais e restabeleça o acesso integral à plataforma Rumble no país. As sanções anunciadas hoje deixam mensagem inequívoca: violações de liberdades fundamentais, especialmente quando direcionadas a cidadãos americanos, terão consequências”, diz a nota.
Ação na Justiça norte-americana
Rumble e Trump Media ingressaram neste ano com processo na Corte Federal da Flórida contra Moraes. As empresas argumentam que as decisões do ministro relativas à plataforma violam a legislação dos Estados Unidos. A Trump Media foi incluída porque o Rumble fornece serviços de nuvem para a Truth Social, rede social ligada ao ex-presidente norte-americano.
Imagem: André Borges via gazetadopovo.com.br
Manifestação do CEO
Pelo X (antigo Twitter), o diretor-executivo do Rumble, Chris Pavlovsky, também comentou as sanções. “Finalmente temos um governo protegendo empresas americanas como o Rumble e a liberdade de expressão. Há dois anos, nunca imaginei que veríamos um dia como este, mas sou eternamente grato por estarmos aqui”, escreveu. Pavlovsky agradeceu ao secretário do Tesouro, Scott Bessent, e a Donald Trump pela “liderança em prol dos valores americanos”.
As penalidades contra Moraes marcam mais um episódio da disputa entre o ministro do STF e plataformas de tecnologia, agora repercutindo na arena internacional.
Com informações de Gazeta do Povo
