Washington (30.jul.2025) – O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (30) a inclusão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na Lei Global Magnitsky, mecanismo que prevê bloqueio de bens e restrições financeiras a estrangeiros acusados de violar direitos humanos ou praticar corrupção.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, informou que todos os ativos do magistrado em solo norte-americano ficam congelados a partir de hoje. Cidadãos e empresas dos EUA estão proibidos de realizar qualquer transação com Moraes por prazo indeterminado, o que também impede o uso de cartões de crédito emitidos por bandeiras norte-americanas, inclusive em operações realizadas no Brasil.
Motivos citados pelo Tesouro
No comunicado do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), Bessent classificou Moraes como “responsável por uma campanha repressiva de censura, detenções arbitrárias que violam direitos humanos e processos judiciais politizados, incluindo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro”.
O texto afirma ainda que o ministro “auxiliou e incentivou uma campanha ilegal de censura contra cidadãos e empresas dos Estados Unidos”, estendendo o alcance das decisões do STF a jornalistas, jornais, plataformas de mídia social e companhias americanas.
Acusações de perseguição
Segundo o governo norte-americano, Moraes teria mirado “políticos da oposição, jornalistas e empresas internacionais”. O Departamento do Tesouro reiterou a avaliação do presidente Donald Trump, que em diversas ocasiões chamou o julgamento de Bolsonaro no Brasil de “caça às bruxas”. “Alexandre de Moraes assumiu para si o papel de juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas dos Estados Unidos e do Brasil”, destacou a nota oficial.
Imagem: WILL OLIVER via gazetadopovo.com.br
Não há prazo para o término das sanções, que permanecem vigentes enquanto o nome de Moraes constar na lista do OFAC.
Com informações de Gazeta do Povo
