O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou nesta quarta-feira (30) que o país pretende reconhecer oficialmente o Estado da Palestina em setembro, durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas. A declaração faz do Canadá o terceiro membro do G7, em menos de sete dias, a sinalizar o mesmo passo diplomático.
“O Canadá está há muito tempo comprometido com uma solução de dois Estados — um Estado palestino independente, viável e soberano vivendo lado a lado com Israel em paz e segurança”, disse Carney, segundo a CNN. O premiê acrescentou que a decisão será formalizada na ONU porque a Autoridade Palestina assumiu o compromisso de promover reformas internas consideradas “muito necessárias”.
Conversas com Mahmoud Abbas
Carney relatou ter conversado com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Segundo o canadense, Abbas prometeu realizar eleições nos territórios palestinos em 2026, sem participação do Hamas, e garantiu que o futuro Estado da Palestina não será militarizado.
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Na terça-feira (29), o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, declarou que seu governo também reconhecerá a Palestina em setembro, caso Israel não reverta o que chamou de “situação catastrófica” na Faixa de Gaza, estabeleça um cessar-fogo com o Hamas e se comprometa com a solução de dois Estados.
Na quinta-feira (24), o presidente da França, Emmanuel Macron, já havia anunciado que Paris apoiará o reconhecimento do Estado palestino na próxima Assembleia Geral da ONU.
Com as declarações de França, Reino Unido e agora Canadá, três integrantes do G7 manifestaram, em menos de uma semana, a intenção de apoiar formalmente a criação de um Estado palestino ainda este ano.
Com informações de Gazeta do Povo
