O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), reuniu-se na terça-feira (29) com representantes de grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos para tratar do aumento de 50% nas tarifas anunciado pelo presidente norte-americano Donald Trump sobre produtos brasileiros e da proposta de regulação das redes sociais.
Participaram do encontro executivos da Meta (controladora de WhatsApp, Facebook, Instagram e Threads), Google, Amazon, Apple, Expedia e da operadora de cartões Visa. Alckmin classificou a tarifa como “injustificável” e informou que houve consenso para realizar uma segunda reunião, desta vez com a presença de um representante do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a pedido do empresário norte-americano Howard Lutnick.
“Recebemos as big techs e combinamos uma nova mesa de trabalho para avaliar ambiente regulatório, inovação tecnológica, oportunidades econômicas e segurança jurídica”, afirmou o vice-presidente após o encontro em Brasília.
Exportações em alta
Alckmin argumentou que o fluxo comercial crescente entre os dois países reforça a necessidade de rever o “tarifaço”. Segundo ele, de janeiro a junho deste ano as exportações brasileiras para os EUA aumentaram 4,8%, enquanto as vendas norte-americanas ao Brasil avançaram quase 12%.
Possíveis isenções
Mais cedo, Lutnick indicou que alguns itens não cultivados em território norte-americano, como café, manga, abacaxi e cacau, poderiam ter alíquota zerada. Há também expectativa de que o setor aeronáutico consiga isenção, diante do impacto que a tarifa provocaria nos custos de produção, tema que mobiliza empresas dos dois países, inclusive a brasileira Embraer.
Imagem: Valter Campanato via gazetadopovo.com.br
Alckmin reiterou que o governo busca “redução tarifária para todos” e que trabalhará para impedir que a cobrança de 50% entre em vigor.
Com informações de Gazeta do Povo
