O phishing, golpe virtual em que criminosos se passam por empresas ou pessoas conhecidas para capturar informações confidenciais, continua fazendo vítimas diariamente, segundo o delegado Emmanoel David, titular da Delegacia de Estelionatos de Curitiba. A fraude, que circula há anos na internet, tem como alvos principais dados bancários, senhas, CPF e perfis em redes sociais.
Como o golpe funciona
Os golpistas enviam mensagens por e-mail, SMS, WhatsApp ou redes sociais com aparência legítima, imitando bancos, órgãos públicos ou lojas. O texto costuma apresentar tom de urgência — como ameaça de bloqueio de conta — e traz links que direcionam a vítima a sites clonados, criados para coletar credenciais.
Sinais de alerta
Para Emmanoel, erros de ortografia e pedidos imediatos de confirmação de dados são indicativos claros de fraude. “Um banco sério não envia mensagem repleta de erros e exigindo que o cliente clique rapidamente em um link”, afirma. A recomendação é digitar manualmente o endereço do site no navegador, sobretudo em operações financeiras.
O que fazer se for vítima
Caso o usuário perceba que entregou informações sigilosas, o delegado orienta a trocar todas as senhas, contatar o banco para bloquear cartões e contas, registrar boletim de ocorrência e monitorar o CPF em serviços de proteção ao crédito. Também é aconselhável alertar contatos nas redes sociais, se algum perfil tiver sido comprometido.
Papel das empresas
Segundo Emmanoel, instituições financeiras precisam reforçar sistemas antifraude e investir em campanhas de educação digital. Ele cita a importância de canais oficiais de atendimento seguros e destaca que SMS não deve ser utilizado para solicitar dados sensíveis.

Imagem: FlyD Unsplash via gazetadopovo.com.br
Outras modalidades: smishing e vishing
Além do phishing tradicional, que ocorre por e-mail, há o smishing (via SMS) e o vishing (por ligações telefônicas). Em todos os casos, o princípio é o mesmo: provocar sensação de urgência para extrair informações ou induzir transferências.
Boas práticas de prevenção
Entre as orientações estão: não clicar em links suspeitos, desconfiar de mensagens alarmistas, utilizar autenticação de dois fatores, manter antivírus atualizado e nunca compartilhar dados pessoais com desconhecidos.
Com informações de Gazeta do Povo