Uma conferência das Nações Unidas realizada nesta terça-feira (29), em Nova York, aprovou uma declaração que condena os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e requer que o grupo entregue suas armas e deixe o governo da Faixa de Gaza.
O texto recebeu apoio de 17 países, da União Europeia e da Liga Árabe. Entre as nações árabes que endossaram o documento estão Catar, Arábia Saudita e Egito.
De acordo com o comunicado, “o Hamas deve pôr fim ao seu domínio sobre Gaza e transferir as armas para a Autoridade Palestina, com engajamento e apoio internacional, em consonância com o objetivo de um Estado Palestino soberano e independente”.
Organização e reações
A conferência foi organizada pela França, em parceria com a Arábia Saudita. O ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noel Barrot, comemorou a adesão de países do Oriente Médio:
“Pela primeira vez, nações árabes e do Oriente Médio condenam o Hamas, condenam o 7 de Outubro, pedem o desarmamento do Hamas, sua exclusão da governança palestina e manifestam claramente a intenção de normalizar relações com Israel no futuro”, afirmou.
Os Estados Unidos decidiram boicotar o encontro. Em nota, o Departamento de Estado classificou a iniciativa como “um tapa na cara das vítimas de 7 de Outubro” e uma “recompensa ao terrorismo”. O texto acrescentou: “Nosso foco continua sendo a diplomacia séria: não conferências encenadas, projetadas para fabricar a aparência de relevância”.
Próximos passos
A declaração reforça a solução de dois Estados (Israel e Palestina) como caminho para a resolução do conflito no Oriente Médio e prevê o envolvimento internacional para implementar as medidas cobradas do Hamas.
Com informações de Gazeta do Povo