Brasília — 29 de julho de 2025, 09h16. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), classificou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “o presidente mais subserviente da história do Brasil” e informou que a equipe do governo está organizando, de forma protocolar, uma conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo Haddad, o objetivo do encontro é buscar um entendimento antes da entrada em vigor, na próxima sexta-feira (1º), da tarifa de 50% anunciada por Washington. A articulação envolve o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), o chanceler Mauro Vieira e senadores brasileiros que se encontram na capital norte-americana.
“Quando dois chefes de Estado vão conversar, há uma preparação para que nenhum país se subordine ao outro. O Brasil é grande e soberano; não vai sair correndo atrás”, declarou o ministro a jornalistas, ao chegar à sede da Fazenda.
Haddad afirmou não estar preocupado com a proximidade da data de aplicação da tarifa, lembrando que a medida “não é dirigida apenas ao Brasil” e citando a “história de mais de 200 anos de diplomacia” entre os dois países.
Plano de contingência
Na segunda-feira (28), Haddad e Alckmin apresentaram a Lula um plano de contingência para amparar empresas brasileiras que venham a ser afetadas pela nova taxação norte-americana. De acordo com o ministro, caberá ao presidente decidir “escala, montante, oportunidade, conveniência e data” das iniciativas propostas.

Imagem: Valter Campanato via gazetadopovo.com.br
Lula, por sua vez, adotou tom conciliador e disse esperar que Trump reconheça a importância do Brasil. “Se há divergência, coloca-se na mesa e se tenta resolver, e não tomar decisões abruptas de multar ou taxar em 50%”, afirmou o chefe do Executivo.
Com informações de Gazeta do Povo